No campo, elas representam 43% da força de trabalho agrícola e um quarto da população mundial no meio rural. Apesar dos avanços, ainda há grandes desafios e alguns deles são a valorização e o reconhecimento da mulher tanto no campo do trabalho como nos espaços de construção política.
Dia 15 outubro, foi a data criada pelas Nações Unidas em reconhecimento à importância delas para a agricultura, Dia Internacional da Mulher Rural.
Quando olhamos para os problemas sociais, a mulher, segundo ONU são afetadas de forma desproporcional pela pobreza e insegurança alimentar. E basta um recorte, relacionado aos direitos, que percebemos que muitas ganham menos do que os homens que também trabalham no campo.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aponta que se as mulheres agricultoras tivessem o mesmo tipo de acesso que os homens, a produção nos países em desenvolvimento aumentaria 4%. Ainda, seria possível reduzir em 17% o número de desnutridos, o que representa aproximadamente 150 milhões de pessoas.
A luta pelos direitos das mulheres, principalmente do campo, ainda é longa. Para a Contraf Brasil, essa pauta é permanente. Justamente, por ser por meio da construção de um sindicalismo com a participação efetiva da mulher que se dará a garantia nas relações de gênero, na igualdade de oportunidades e direitos. Além do combate a violência e o machismo na sociedade.
Na data de hoje, vale lembrar, que foi por meio das organizações sociais e diversos movimentos que as mulheres conquistaram o direito a previdência social, ao atendimento na saúde com programas específicos, o direito ao crédito com o PRONAF Mulher, o direito à titularização da terra conquistado na Constituição, a assistência técnica nas políticas agrícolas e até mesmo o voto.
A Contraf Brasil acredita no protagonismo da mulher, no conjunto dos movimentos sindicais assumindo esta bandeira, para existir, efetivamente, uma nova sociedade mais igualitária, mais democrática, solidária e melhores relações entre homens e mulheres.