O Brasil deu um passo histórico rumo à descarbonização da matriz de transportes e mobilidade. No dia 08 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a lei que estabelece o maior programa global de descarbonização, com investimentos previstos de R$ 260 bilhões até 2037. A cerimônia contou com a presença de autoridades de peso, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a Dilma Rousseff, presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento e ex-presidenta do Brasil, e a Elisângela Araújo, Deputada Federal (PT-BA).
O programa tem como foco principal a produção e o uso de combustíveis verdes, conhecidos como biocombustíveis, para abastecer automóveis, caminhões, tratores, aviões e uma ampla variedade de veículos e máquinas. A grande inovação, porém, está no papel central que será desempenhado pela agricultura familiar. O presidente Lula reforçou que a inclusão desses pequenos produtores no ciclo de produção de biodiesel fortalece a cadeia energética e, ao mesmo tempo, garante uma transição justa e sustentável.
Durante seu discurso, o presidente enfatizou a importância da coexistência pacífica entre pequenos agricultores e o agronegócio, promovendo um modelo produtivo que respeite o meio ambiente e traga benefícios econômicos a todos os envolvidos.
"Por que não é possível a convivência democrática entre os pequenos produtores e o agronegócio? Por que temos que ser inimigos?", questionou Lula, ressaltando a necessidade de unir esforços em prol de um futuro mais sustentável.
O programa coloca o Brasil na vanguarda da inovação energética global, sendo visto como um marco na luta contra as mudanças climáticas, e alinha o país com as principais metas ambientais mundiais. A agricultura familiar, que há tempos busca maior participação nos setores produtivos, agora terá papel essencial na construção do "combustível do futuro".
Autoridades como o Ministro Paulo Teixeira, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar - MDA, e Vivian Libório de Almeida, Diretora de Inovação para a Produção Familiar e Transição Agroecológica, também destacaram a importância dessa inclusão no setor energético, reforçando que a medida vai gerar impacto positivo tanto econômico quanto social.
O projeto promete transformar o Brasil em um modelo global de produção de combustíveis limpos, colocando o país como líder na busca por alternativas energéticas que beneficiem tanto a economia quanto o meio ambiente.