Atualizada 29/07
O Terceiro dia da Caravana da Agricultura Familiar em Defesa da Previdência Social movimentou a cidade de Sarandi nesta quinta-feira(29). Centenas de agricultores familiares participaram do ato e manifestaram repúdio à reforma previdenciária. Após concentração inicial no Sindicato da Agricultura Familiar de Sarandi, os trabalhadores seguiram em caminhada até a agência do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), onde permaneceram por duas horas.
Uma luta que deve ser multiplicada
Para um público composto por muitas mulheres agricultoras familiares, a coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Back, enfatizou os graves impactos da reforma previdenciária para elas. “As mulheres agricultoras têm tripla jornada. Levantam antes das seis da manhã, trabalham na casa, na lavoura e cuidam dos filhos, encerrando as atividades tarde da noite. Ainda, devemos lembrar elas começam a trabalhar por volta dos 12 ou 13 anos. Portanto, quando chegam aos 55 já estão debilitadas”, ressaltou ela que também é agricultora.
A coordenadora conclamou aos agricultores para voltarem para casa e multiplicarem as informações sobre a reforma da previdência para os vizinhos e amigos, para que nas próximas mobilizações, ainda mais trabalhadores participem e intensifiquem a luta. “Não tenho dúvidas de que com a força e união da agricultura familiar, barraremos esse retrocesso”, finalizou.
Já pela parte da tarde os agricultores deixaram o INSS e seguiram em caminhada até a praça central da cidade. No local, apresentaram a mística, já peculiar da caravana, com as conquistas e lutas da classe em relação à previdência. O senador Paulo Paim, que também participou da Caravana, elogiou a organização e luta da Fetraf-RS e falou que essas mobilizações servirão de exemplo para todo Brasil.
Municípios entregam Moção de Apoio
Após, o prefeito municipal de Sarandi, Paulo Rodolfo Viccari Kasper, entregou ao senador uma moção de apoio, em nome dos municípios de Sarandi, Nova Boa Vista e Barra Funda, à luta pela Previdência Social. O documento destaca que é preciso respeitar as conquistas e a história da classe trabalhadora, sobretudo dos menos favorecidos, como é caso dos pequenos agricultores.
O deputado estadual Altemir Tortelli, que é coordenador da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Previdência Social Rural e Urbana, também acompanhou a Caravana e reforçou a relevância da luta dos agricultores em prol de uma conquista tão significativa que é a previdência.
Hoje (29), a Caravana encerra na cidade de Passo Fundo.
Fotos: Jornal Diário RS e Adriana Rodrigues
Atualizada 28/07 -Segundo dia de Caravana reúne mais de mil agricultores familiares em defesa da Previdência Social
A cidade de Erechim foi palco, nesta quarta-feira(27), da segunda mobilização da Caravana da Agricultura Familiar em Defesa da Previdência Social, promovida pela Fetraf-RS. Mais de mil agricultores familiares da região do Alto Uruguai, lideranças, dirigentes e parlamentares participaram do ato e afirmaram a contrariedade com a reforma da previdência dos rurais.
Logo cedo, na abertura do evento, os agricultores familiares e lideranças apresentaram uma mística onde enumeraram as principais conquistas da agricultura familiar no que tange à previdência social. Em seguida, ao som da música “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré, os participantes deram as mãos, em simbologia à força da união dos trabalhadores na luta pelos seus direitos.
Bloqueio do Inss em protesto pela retirada de direitos
Um dos principais fatos que marcaram o dia foi a caminhada pela cidade e posterior bloqueio, por duas horas, da sede da agência do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Os agricultores familiares e dirigentes manifestaram no local o repúdio à retirada de direitos da classe e também, frisaram os impactos da reforma previdenciária para a sociedade. A coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Back, alertou que uma das graves consequências será a intensificação do êxodo rural, principalmente dos jovens e das mulheres. “Se hoje a juventude e em especial as moças, já têm muita dificuldade para permanecer no campo, imagina com a perspectiva de ter que trabalhar mais 10 anos para se aposentar”, exclamou.
Back destacou ainda que a retirada dos direitos previdenciários não afetará somente a agricultura familiar, mas igualmente, toda sociedade urbana. “A diminuição da produção de alimentos reflete diretamente na vida do trabalhador urbano. Se o campo não produz, poderá faltar alimentos, e sem dúvidas, inflacionará o preço da comida”, projetou. A coordenadora falou que por isso, é essencial que toda a sociedade uma forças na luta pela manutenção dos direitos, pois segundo ela, vivemos numa época de grandes retrocessos.
Somaram força na Caravana
O senador Paulo Paim, coordenador da Frente Parlamentar Mista da Previdência Social e o deputado estadual Altemir Tortelli, coordenador da Parlamentar Gaúcha em Defesa da Previdência Social Rural e Urbana, participaram do ato. Em sua fala, o deputado Tortelli frisou a importância da união dos movimentos e dos trabalhadores do campo e da cidade no enfrentamento à proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo interino de Michel Temer.
Também prestigiaram a Caravana em Erechim, representantes das seguintes entidades: Associação dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos do Alto Uruguai(Atapers), Cresol, Cooperativa Regional de Eletrificação Rural do Alto Uruguai (Creral), Cooperativa de Habitação dos Agricultores familiares (Cooperhaf), Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato da Alimentação, além de prefeitos, vereadores e demais lideranças.
Amanhã (28), a Caravana acontece na cidade de Sarandi. O encerramento será na sexta-feira(29), em Passo Fundo.
Fetraf/RS
Agricultores familiares saem em Caravana contra o golpe e em defesa dos direitos trabalhistas
A Fetraf do Rio Grande do Sul continua a Jornada de Lutas da semana do Dia do Agricultor Familiar. Hoje as ações acontecem em Erechim. No Sul os agricultores programaram a Caravana da Agricultura Familiar em Defesa da Previdência Social.
Mais de mil agricultores familiares participam do ato que denunciam o golpe e a perda de direitos com medidas como as mudanças na previdência social que aumentam a idade dos trabalhadores.
Para a categoria, isso é um retrocesso quando o governo interino retira direitos dos trabalhadores que foram conquistados ao longo dos anos por meio das lutas sociais.
Fetraf/RS