Banco Mundial aposta na agricultura familiar para erradicar a fome

05/07/2016 - 11:26

Banco Mundial mostra que é necessário aumentar a produtividade agrícola das famílias de baixa renda para acabar com a fome, conquistar a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável.

Relatório divulgado, na semana do dia 27 de junho, pelo Banco Mundial aponta que somente aumentando a produtividade agrícola das famílias de baixa renda será possível  cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 2 – acabar com a fome, conquistar a segurança alimentar e promover a agricultura sustentável. Atualmente, 70% da população pobre do mundo trabalha no campo.
 
 
Outro motivo para apostar na produtividade agrícola – em especial a de cereais – é o fato de ela influenciar diretamente os números da fome e desnutrição.
 
De 2000 a 2012, quando houve aumento médio anual de 2,6% na produção de cereais nos países de baixa renda, a pobreza e a desnutrição caíram 2,7% ao ano. Já entre 1990 e 1999, quando a produção ficou estagnada nos países mais pobres do mundo, houve pouca melhora nos índices de pobreza e saúde nutricional.
 
A cada dia, 27 milhões de latino-americanos e caribenhos – 5,5% da população da região – acordam sem ter o que comer, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Entre 1990 e 1992, este percentual estava em 14,7%. Para as Nações Unidas, o bom desempenho econômico e agrícola e as políticas de proteção social, como  programas de alimentação escolar e apoio à agricultura familiar , contribuíram para os progressos na região.
 
Os avanços da região, porém, não foram iguais. Entre 1990 e 2015,  a desnutrição diminuiu em 75% na América do Sul, enquanto na América Central a redução foi de 38,2%, contra 26,6% entre a população do Caribe no mesmo período. No ano passado, quase 20% dos caribenhos ainda lutavam contra a desnutrição.
 
Nos últimos 25 anos, a subnutrição caiu quase pela metade em todo planeta, de 19% para 11%. No entanto, ainda há 795 milhões de pessoas desnutridas no mundo, a maior parte delas em países de baixa renda, como os da África Subsaariana.
 
Fonte: nacoesunidas.org