Aconteceu na última semana, no centro Administrativo da Bahia, um Ato puxado pelo Fórum Baiano da Agricultura Familiar. Várias entidades dessa categoria saíram da Secretaria de Desenvolvimento Rural em direção à governadoria para reivindicar melhorias ao povo do campo.
Elisângela Araújo, Secretária Geral da FETRAF/BA e também Diretora Executiva da CUT Nacional, defendeu em sua fala maiores investimentos para as políticas que ajudem o homem e a mulher do campo, que tragam sustentabilidade para todos, além de mecanismos que venham melhorar a educação para fortalecer as escolas agrícolas.
Já Rosival Leite, coordenador da FETRAF/BA pediu ampliação do projeto de habitação rural e do programa “Mais Água”.
Dentre tantas reivindicações, segue abaixo as principais listadas na pauta da FETRAF/BAHIA.
1. Aprovação e regulamentação da lei de convivência com semiárido e programa de convivência;
2. Ações urgentes na educação do campo, respeitando à identidade do meio rural;
3. Celeridade do processo de regularização fundiária;
4. Fazer acontecer à política estadual de assistência técnica e extensão rural;
5. Implementação e ampliação dos projetos de captação de água da chuva 1 e 2 (água especialmente para cisternas de consumo e produção);
6. Solução imediata do impasse da comercialização dos produtos processados da agricultura familiar;
7. Editais específicos do programa Bahia produtivo com foco no desenvolvimento sustentável;
8. Fortalecimento, continuidade e ampliação da política estadual de economia solidária;
9. Construção coletiva da política estadual de agroecologia;
10. Governo seja o interlocutor e articulador junto aos governos do Nordeste. E com a presidenta.
De acordo com Edmário Farias, da escola Família Agrícola da cidade de António Gonçalves, a falta de água dificulta a vida dos jovens no campo. "Estamos aqui defendendo nossos direitos, ampliação de recursos para as escolas e o fortalecimento da educação do campo ", desabafou o jovem de 21 anos.
Elisângela e Rosival relatam a indignação de acreditar que a pauta da categoria foi esquecida. “O governo não dá prioridade para as reivindicações da agricultura familiar. Precisamos garantir direitos e sermos ouvidos de fato. Caso eles não entendam isso, iremos fazer atos maiores, com a força dos homens e mulheres do campo". Destacou a secretária da FETRAF/BRASIL que ainda pontuou uma demanda crescente nas necessidades do campo devido à falta de prioridade.
“Queremos continuidade dos direitos: ampliação das tecnologias de água e nada de cisternas de plásticos. É preciso dar continuidade as assistências técnicas, ter investimentos nas escolas agrícolas. Tudo isso precisa sair do papel”. Concluiu Rosival.