Mobilização FETRAF-SUL e Via Campesina resulta em audiência

24/02/2012 - 00:00

Há mais de 40 dias a FETRAF tentava marcar a reunião que ocorrerá na segunda-feira (27) às 17h, em Florianópolis. Em pauta, a estiagem.

Durando a tarde desta sexta-feira a FETRAF-SUL E Via Campesina (MAB, MST, MPA,MMC e Pastorais Sociais) realizaram mobilização em frente ao Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, no ato que anunicava medidas contra a estiagem. Há mais de 40 dias a FETRAF solicitou audiência com o governo do estado, mas não obteve resposta, após pressão dos movimentos sociais, o secretário de agricultura do estado João Rodrigues, recebeu a comissão no local e finalmente marcou uma audiência para tratar da pauta de reivindicações. O encontro foi marcado para segunda-feira (27) às 17h, em Florianópolis
 
No evento o governo do estado anunciou 3 milhões na compra de 35 mil sacas de semente de milho para 16 mil famílias e outros 3 milhões às prefeituras para transporte e abastecimento de água. Durante o pronunciamento Governador do estado Raimundo Colombo, admitiu que o recurso ainda é insuficiente.

Diante disso os movimentos da Agricultura Familiar e Camponesa apresentaram uma pauta de reivindicações unificada, contendo as necessidades emergenciais e estruturantes dos agricultores.

Alexandre Bergamin, coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Santa Catarina, afirma que as novas medidas são uma vergonha, especialmente para um setor que gera 36% do PIB estadual, emprega mais de 700 mil pessoas no campo, que é responsável por 80% da economia dos pequenos municípios.

“Entre os problemas que continuam sem solução está a necessidade reposição das perdas com a estiagem, a garantia da renda (sobrevivência) até a próxima safra, o subsídio de 50% para construção de cisternas, a anistia do “Programa Troca-Troca” da safra 2011/2012 e o subsídio de 50% para a próxima safra.
 
Pedro Melchior da Via Campesina considera o resultado da mobilização positiva, mas a expectativa da audiência de segunda-feira é que o estado dê uma resposta concreta a pauta: “falta seriedade e respeito do governo em relação aos movimentos sociais” explica o coordenador.

*IMPRENSA FETRAF-SUL