Em reunião convocada pelo ministério do Meio Ambiente (MMA) com movimentos sociais, o objetivo consistiu em realizar avaliação do processo de votação do Código Florestal e, estudar meios de impedir que o novo texto seja aprovado no Senado com pontos que versam sobre a anistia aos que cometeram crimes ambientais e, liberação ao desmatamento.
De acordo com Maria da Graça Amorim, coordenadora de Meio Ambiente da FETRAF-BRASIL, um dos principais temas levantados na reunião questionou a posição do governo. Sobre como se justifica a aprovação dessa lei quando o Brasil será o país a sediar a Rio+20. Ou seja, como o país institui uma lei que não preza pela preservação ambiental, mas sedia e discute na Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável mudanças para garantir a sustentabilidade do planeta.
A coordenadora considerou de fundamental importância a convocação dos movimentos para lutarem pela não aprovação do código.
?A FETRAF avalia que a mobilização social é muito importante. E povo na rua. E uma ação forte articulada do governo, principalmente com o MMA, o MDA, o PT e a presidenta, precisa ser urgente. Há por parte dos movimentos o sentimento de que o governo precisa avançar nas políticas públicas de sustentabilidade para a agricultura familiar e camponesa, como com a criação de política pública por pagamento por serviços ambientais e implementação do ?Mais ?Ambiente?, considerou Graça.
De acordo com a coordenadora tem estados que já sentem o reflexo da aprovação do texto na Câmara dos Deputados.
No dia 4 de julho, os movimentos terão novo encontro com o ministério, no qual o governo apresentará propostas de alterações do texto. A previsão é que o Congresso vote nesses seis meses.