Fetraf exige delegado especial para apurar morte em PE

24/05/2010 - 00:00

Representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pernambuco (Fetraf PE) realizaram uma reunião com a Secretaria de Defesa Social (SDS) no último dia 24, com o objetivo de reivindicar, do Governo, um delegado especial para acompanhar as investigações sobre a morte do trabalhador Zito José Gomes, assassinado na última quarta-feira, dia 19, no município de Pombos, no Agreste do estado.

Na última quarta-feira, dia 24, representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pernambuco (Fetraf PE) realizaram uma reunião com a Secretaria de Defesa Social (SDS).

O objetivo foi reivindicar, do Governo, um delegado especial para acompanhar as investigações sobre a morte do trabalhador Zito José Gomes, assassinado na última quarta-feira, dia 19, a cerca de 300 metros do acampamento dos trabalhadores sem-terra ligados a Fetraf, no município de Pombos, no Agreste do estado. Zito era dirigente sindical e um dos líderes do acampamento.

O Secretário Adjunto da Secretaria de Defesa Social (SDS) do Governo de Pernambuco, Dr. Cláudio Lima, e o titular da Secretaria de Articulação social estiveram presentes na reunião. Depois de ouvir as reivindicações da FETRAF o Secretário Adjunto da SDS fez os seguintes encaminhamentos: será designado um delegado regional para ajudar o atual delegado de Pombos nas investigações, e se dentro de 15 dias não conseguir avançar será nomeado um delegado especial.

?Vamos dar um crédito de confiança aos delegados para que se cumpram os acordos feitos hoje, porém, só esperaremos os 15 dias como acordado, se caso as investigações não avançarem a FETRAF tomará as medidas cabíveis, pois não vamos deixar esse crime impune?, afirmou João Santos, coordenador geral da FETRAF.

A FETRAF reclamou dos diversos crimes que houve naquela cidade sem se quer a polícia ter apontado os criminosos, como por exemplo, o assassinato do trabalhador sem-terra Cícero Gomes, morto há 12 anos. ?Estamos temerosos pelo o que possa acontecer daqui pra frente com os trabalhadores acampados reivindicando as terras da usina Nossa Senhora do Carmo?, concluiu João Santos.