Sem novos projetos, casa para o meio rural volta a ser um sonho distante

12/04/2019 - 11:25

Agricultores Familiares lutam há quase dois anos para que os projetos de habitação sejam retomados

Agricultores Familiares da ASAF – Associação Sindical da Agricultura Familiar ocuparam a gerência de habitação da Caixa em Teresina, no Piauí, reivindicando a liberação dos recursos do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).

O coordenador da associação, Antônio Chaves, disse os pagamentos referente as obras de casas já construídas estão em atraso desde dezembro do ano passado, além disso existem duas propostas habilitadas para novas contratações com a agência, mas sem previsão de início de execução das obras.

Ainda, segundo apresentou os agricultores e agricultoras familiares, há 200 famílias habilitadas para participar do programa e que aguardam desde 2017 o início dos novos contratos.

O objetivo da ocupação foi justamente solucionar junto aos gestores da agência as pendências que existem de habitação rural, das propostas que já estão em mãos na Caixa.

Na reunião com os administradores, a informação é de que não há recursos para dar andamento aos projetos. E referente aos pagamentos em atrasos, a Caixa deu previsão de pagamento na próxima semana, após posicionamento do Ministério das Cidades, em Brasília.

Reunião com Movimentos de Habitação e Ministério das Cidades

Semana passada, em Brasília, as lideranças dos principais movimentos sociais de habitação estiveram reunidas com o Secretário Nacional da Habitação, Celso Toshito Matsuda, para tratar dos programas nacionais de habitação, como Minha Casa Minha Vida, incluindo os rurais.

Na pauta, estavam os temas relacionados as contratações de projetos selecionados, retomada do GT - habitação rural, criação do grupo 1,5 do PNHR, seminário para qualificação do programa.

Há quase dois anos os projetos de habitação estão praticamente todos paralisados, sem novas contratações. Foram entregues em 2017 novos projetos, por entidades organizadoras, credenciadas e habilitadas, analisados pela Caixa e aptos a contratar por mais de um ano. No entant,o a resposta do Governo para as reivindicações foi de que não há dinheiro para novos contratos.