O Brasil pode perder sua terra, água e florestas para empresas estrangeiras, que visando apenas o lucro podem esgotar os recursos naturais, provocar o fim das comunidades tradicionais, escassez da produção de alimentos saudáveis, sem falar na perda da soberania. Essa é a reflexão feita pela CONTRAF BRASIL, entidade que representa a Agricultura Familiar no país, no Dia Mundial do Meio Ambiente.
Com várias medidas provisórias e propostas de lei que são verdadeiros retrocessos e estão em curso como a flexibilização do controle dos agrotóxicos, as ameaças ao licenciamento ambiental, o desmatamento ilegal na Amazônia e leis que diminuem as unidades de conservação, como também a proposta de privatização da Eletrobras, colocam em risco a soberania do país, a terra e a água como direito e o esgotamento dos recursos naturais.
As propostas legislativas fazem parte de um pacote que atendem os interesses da bancada ruralista, ou seja, do agronegócio, e ganha força nessa atual conjuntura política neoliberal que prioriza a sua expansão, desconsiderando a preservação do meio ambiente.
A CONTRAF BRASIL, entende que é fundamental defender um projeto político que retome leis e medidas que priorizem o modelo de produção baseado na sustentabilidade, para que o meio ambiente seja preservado e assim garantir a continuidade da produção de alimentos saudáveis e promover a segurança alimentar do país.
'O único modelo capaz de produzir alimentos conciliando com agroecologia, a segurança alimentar e nutricional, proteção ao meio ambiente e seus recursos naturais é a Agricultura Familiar. E, é justamente esse projeto sustentável que o Governo Temer ataca e provoca o desmonte, por meio dos cortes e o fim de programas que apoiam e mantêm essa produção”, destaca o Marcos Rochinski, coordenador geral da CONTRAF BRASIL.