O pré-candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro, que esteve nesta quinta-feira 12.07 na cidade de Marabá, no Pará, disse que trabalhadores e trabalhadoras do campo que lutam pelo direito à terra devem ser recebidos à bala. Com discurso impregnado de ódio chamou os acampados de reforma agrária de bandidos.
O atual deputado do PSL, estava acompanhado de grandes latifundiários, parlamentares da bancada ruralista, representantes de organizações militares, como exército e a polícia.
Contraditório, o pré-candidato promete segurança pública, porém ameaçou a classe trabalhadora afirmando que usará balas contra aqueles que defendem o direito à terra.
Marabá, é um dos municípios que há mais famílias assentadas no país e possui cerca de 60 acampamentos. Em 2017, somente no Pará foram assassinadas 22 pessoas em conflitos pela terra, sendo a maioria chacinas como a de Pau D'Arco, quando 10 trabalhadores rurais sem-terra e desarmados no Pará, foram alvos de 15 policiais.
Vale ressaltar, que 2017 foi um dos mais violentos no campo na história do país, com 71 assassinatos.
“Estamos preocupados com este tipo de manifestação de ódio e apologia à violência. Na condição de coordenadora da Fetraf Pará, não iremos permitir ameaças ao nosso povo que busca o direito à terra, garantido pela Constituição. Já há muito sangue derramado na nossa terra, não iremos resolver o problema da concentração de terras promovida pelos coronéis, com mais armas”, avalia Viviane Oliveira, coordenadora da Fetraf Pará.