Entre os dias 28 a 31 de agosto as lideranças da CONTRAF BRASIL, representando a agricultura familiar de todo o país, participaram do 15º Congresso Extraordinário e Exclusivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Várias temáticas foram abordadas nos debates com temas relacionados a atual conjuntura política, os desafios e enfrentamento aos retrocessos.
“Foi fundamental a realização dessa atividade para que nós da classe trabalhadora, por meio dos nossos sindicatos reafirmem junto a CUT o nosso compromisso com a defesa dos direitos que conquistamos ao longo dos anos e continuar lutando em defesa da democracia”, comenta Marcos Rochinski, coordenador geral da CONTRAF BRASIL.
Durante o congresso os delegados e delegadas aprovaram, por exemplo, uma resolução condenando o decreto 89.404, do governo ilegítimo de Michel Temer, que extingue a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (RENCA) e abre seu território à mineração; discutiram a estratégia de lutas em torno do mote “se a Reforma for colocada para votar o Brasil vai parar”; o enfrentamento ao golpe, apoiando ações em defesa de democracia e do direito de Lula disputar as eleições entre outras ações.
Para a secretária de Formação da CUT, Rosane Bertotti, também da direção da Fetraf Santa Catarina, federação da CONTARF BRASIL, a Central precisa fortalecer a discussão sobre o papel do Estado como indutor do desenvolvimento. “É importante debater o papel do estado, do serviço e políticas públicas, como educação, seguridade social, agricultura familiar, a Reforma Agrária, entre outras”, disse.
Outras discussões importantes foram às resoluções que constroem a organização da luta da CUT, como a questão de fortalecimento da juventude ampliando a organização da classe trabalhadora com a presença de mais jovens dentro da CUT.
No último dia a CUT divulgou o calendário de lutas contra as reformas Trabalhista e Previdenciária e contra a entrega das empresas públicas.
A próxima ação será o lançamento, no dia 7 de setembro, de uma campanha que terá a missão de colher mais de 1,3 milhão de assinaturas para enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei de iniciativa popular que revogue a nefasta reforma trabalhista de Temer.
Para se contrapor à entrada em vigor da Reforma Trabalhista em 11 de novembro, os movimentos sindicais e sociais preparam uma caravana a Brasília na primeira quinzena do mês.