Movimentos do campo e da cidade se unem novamente contra a retirada de direitos

03/07/2017 - 10:08

A renúncia do presidente da República e eleições diretas também foram expressas em faixas, cartazes e placas.

A sexta-feira (30/6) foi marcada por manifestações em todo o Brasil. A população foi às ruas para protestar novamente contra as reformas em votação no Congresso Nacional, especialmente a Reforma Trabalhista e as mudanças na aposentadoria. A renúncia do presidente da República e eleições diretas também foram expressas em faixas, cartazes e placas. A greve é chamada pelo movimento sindical unificado e aliado às Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Sindicatos, entidades e movimentos sociais convocaram a mobilização em diversas cidades catarinenses.
 
Os movimentos sindicais e sociais ressaltam o entendimento de que os direitos trabalhistas não podem ser vistos como um negócio, beneficiando os grandes conglomerados e seus interesses privados. As mudanças propostas pelo governo Temer à Reforma Trabalhista são prova disso. Na avaliação do coordenador geral da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Santa Catarina (FETRAFSC), Alexandre Bergamin, a Greve Geral foi mais um espaço para que a voz do povo não seja calada. “Foi um momento para deixarmos claro que não vamos permitir que o povo do campo e da cidade pague essa conta. Vamos fortalecer a luta cada vez mais em prol do povo brasileiro”, afirmou.
 
As Reformas
Se aprovadas, as reformas vão acarretar prejuízos irreparáveis à população. A da Previdência, por exemplo, aumenta consideravelmente o tempo necessário de contribuição ao INSS para solicitar a aposentadoria. A Trabalhista, além de dificultar o acesso dos trabalhadores à Justiça, permite a redução de salários e benefícios, o aumento da jornada de trabalho e a precarização dos contratos de trabalho.