A Esplanada dos Ministérios será palco para as margaridas nos dias 13 e 14 de agosto. Neste dia o Brasil vai ouvir a voz de mais de 100 mil mulheres do campo, por direitos, em favor de igualdade, autonomia, liberdade e sobretudo contra todas as formas de violência.
As agricultoras familiares da Contraf Brasil, no conjunto do Campo Unitário, se somam a Marcha das Margaridas. Serão mais de 200 agricultoras de vários estados: Goiás, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, entre outros.
Para a Contraf Brasil, a atividade é um marco na história da luta pelos direitos das mulheres porque é a maior marcha de mulheres que reúne mulheres do Campo, da Floresta e das Águas. Também, relembra a história de Margarida Maria Alves, liderança assassinada por defender os direitos de trabalhadoras e trabalhadores rurais.
“É um momento importante em que o país escuta nossa voz. Sabemos que o campo sempre foi um espaço esquecido pelos poderes públicos. E aqui, falamos para o país que existimos e queremos nossos direitos. Mobilizações como esta ajudam a construirmos nossas lutas, as políticas públicas. E, a marcha não termina aqui. Ela faz parte de todo um processo que começa nas nossas bases e que continua ao longo dos anos, por meio das nossas organizações sindicais”, explica Josana Lima, coordenadora da secretaria Geral da Contraf Brasil.
Assim como a Contraf Brasil, a Marcha das Margaridas é composta por várias entidades que representam as mulheres do campo, da floresta e das águas. A Contraf Brasil, que representa a Agricultura Familiar, para além dos direitos e contra a violência, chama atenção da importância da segurança alimentar e nutricional do país e a produção de alimentos, por meio de um modelo de produção sustentável e agroecológica.
A marcha acontece nos dias 13 e 14, em Brasília.