Nesta quarta-feira (24), a CUT, demais centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo convocam toda a classe trabalhadora para realizar um Lockdown Nacional. Trata-se de um dia de luta em defesa da vida, da vacina, do emprego e do auxílio emergencial de R$ 600 reais para desempregados e informais.
De acordo com as entidades, a manifestação foi articulada por conta da “irresponsabilidade do governo federal, que levou o país ao pior colapso sanitário e hospitalar de sua história”. As estatísticas apontam que já são quase 3 mil mortes diárias após um ano de pandemia.
“O povo tem de saber que a falta de governo e a inexistência de planejamento central são responsáveis por essa crise que vivemos. A classe trabalhadora é obrigada a ir para as ruas em busca de dinheiro para sobreviver, enquanto o presidente da República se mantém inerte”, alertou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.
Segundo a CUT, a proposta é para que as trabalhadoras e os trabalhadores cruzem os braços e fiquem em casa. Que cada categoria proteste à sua maneira e unifiquem-se em um dia de reflexão e luta pela vida. Àqueles que não poderem se ausentar de seus trabalhos, poderão se se manifestar nas redes sociais e dar o recado ao governo por meio de buzinaços, palavras de ordem, cartazes etc.
Em consonância com os motes da ação, a Contraf-Brasil convoca todas trabalhadoras e trabalhadores na agricultura familiar, insatisfeitos com governo Bolsonaro, a engrossarem este ato de protesto. “Temos presenciado o descaso com a vida dos brasileiros. A falta de políticas públicas de combate à pandemia e de amparo aos mais vulneráveis, tem deixado a população ainda mais exposta à contaminação e morte. Precisamos unir forças e cobrar dos governantes providencias urgentes”, ressaltou a coordenadora geral da Contraf-Brasil, Josana de Lima.
AÇÕES PREVISTAS NO LOCKDOWN NACIONAL
Neste dia 24 haverá diversas ações de cada setor e suas categorias. Representantes dos trabalhadores e dos movimentos sociais estão organizando atividades em várias cidades do país, sempre respeitando o distanciamento social e as recomendações da Organização Mundial da saúde (OMS).
Serão feitas panfletagens em praças públicas, terminais de ônibus, trens e metrô; carros de som com mensagens de alerta ao povo brasileiro; atos simbólicos; audiências públicas; carreatas e mobilização nas redes sociais.
Confira abaixo atividades confirmadas país afora:
Metalúrgicos
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT) orientou seus sindicatos a usar da mobilização virtual com as pautas:
- Vacina para todos e todas gratuita, em defesa do SUS;
- Defesa da manutenção do auxílio emergencial;
- Denúncia do governo Bolsonaro como responsável pela estagnação da economia, pelas mortes e situação de calamidade que vive o setor da saúde.
Para além das redes sociais, sindicatos colocarão nas ruas e portas de fábricas em várias cidades, carros de som com mensagens de conscientização.
Bancários
Sindicatos de bancários filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) colocarão carros de som nas ruas, spots em rádios, cartazes, “outdoor” e “busdoor”, além e atos nas agências bancárias para diálogo com a sociedade e com os bancários;
Também promoverão uma campanha solidária para arrecadar mantimentos (alimentos e produtos de limpeza) e roupas que serão destinados às populações em condição de vulnerabilidade nos munícipios que compõem a base dos sindicatos;
Os bancários ainda farão mobilização nas mídias sociais (Facebook, Instagram, Twitter e outras) e panfletagens em praças, terminais de ônibus, de trem e de metrô, com o uso de carros de som.
Comércio e Serviços
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) orientou sindicatos filiados a promoverem panfletagens nas praças, terminais de ônibus, trem e metrô, com o uso de carros de som; atos simbólicos; audiências públicas e uso de redes sociais.
Transportes
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) orientou suas entidades filiadas a a fazerem paralisações de duas horas durante o dia. Em Alagoinha, na Bahia, que a categoria fará paralisação de 24 horas.
Os metroviários farão protestos nas estações de trem, sem aglomeração, e os agentes de trânsitos de São Paulo fiscalizarão de forma prioritária os locais de vacinação, para ajudar as pessoas que forem de carro a se vacinarem.
O Sindviários (Sindicato dos Agentes de Trânsito do Estado de São Paulo) informa que a ação envolverá os trabalhadores e trabalhadoras da CET-São Paulo, EMDEC-Campinas, CET-Santos, TRANSERP-Ribeirão Preto, URBES-Sorocaba, além de outras.