A Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (FETRAF-Brasil) participa da mobilização nacional, nesta sexta-feira 10.06, contra o governo Temer, reconhecendo sua ilegitimidade e retrocesso nas políticas públicas do País e direitos dos trabalhadores da agricultura familiar.
A FETRAF-Brasil, entidade representativa dos agricultores familiares em conjunto com as entidades organizacionais do campo, atuante na Frente Brasil Popular de mobilização contra o golpe e governo Temer, aponta inúmeras posições políticas da atual gestão que desconstroem a garantia dos direitos já conquistados pelos brasileiros, como a reforma previdenciária e fim de programas sociais.
“Estamos denunciando o descaso desse governo interino e ilegítimo em relação as políticas para a agricultura familiar, sobretudo as políticas de desenvolvimento rural e reforma agrária que deixam de existir, a partir da extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, executado pela gestão de Temer”, declara o coordenador geral da FETRAF, Marcos Rochinski.
Na atual conjuntura política, outra preocupação por parte da FETRAF-Brasil é sobre as questões da reforma previdenciária e a extinção do Ministério da Previdência. “A proposta muda a idade mínima e isso significaria aumentar em cinco anos a aposentadoria dos homens e 10 anos para as mulheres na agricultura familiar”, apontou Marcos.
Segundo ele, contra essas ações de retrocesso, vários agricultores familiares de todos os estados brasileiros estão ocupando agencias do IINSS, para dizer não a reforma previdenciária, e que os agricultores familiares lutam pela manutenção dos direitos.
Dia de Luta
Ainda, de acordo com o coordenador, hoje é um dia de Luta contra o governo Temer e a retirada de direitos da classe trabalhadora, onde agricultores familiares realizam atos em diversos estados somando na agenda da Frente Brasil Popular.
Outra afronta aos programas sociais do governo Temer seria a suspensão das assinaturas de contratos do programa Minha Casa Minha Vida, que atendeu desde a gestão de Lula, milhares de comunidades garantindo o direito de moradia, da qual a CF/88 aponta como direito fundamental.