Há 15 dias, homens, mulheres e crianças, trabalhadores do campo, num total de 12 mil famílias, estão mobilizados na Jornada de luta em defesa da vida e pela reforma agrária.
Em acampamento permanente na Superintendência Regional (SR27), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), as famílias reivindicam o assentamento imediato de 8 mil famílias acampadas em 2011; infra-estrutura nos assentamentos da reforma agrária, com a construção de estradas em 503 assentamentos, três mil quilômetros de estradas ainda este ano e, recuperação de 10 mil quilômetros; energia elétrica para 18 mil famílias; realização do licenciamento ambiental para 103 assentamentos, a serem indicados pelo conjunto dos movimentos e; garantia de assistência técnica.
Unificados, a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETRAGRI) exigem a prisão dos assassinos e mandantes dos crimes contra trabalhadores rurais, segurança aos ameaçados de morte, fim da grilagem de terras e principalmente, o fim da violência e impunidade no campo.
Em protesto, as entidades realizaram caminhada em Marabá. De acordo com Viviane Pereira de Oliveira, coordenadora de Mulheres da FETRAF-BRASIL e FETRAF-PARÁ, ?o objetivo foi mostrar à sociedade o que reivindicamos e deixar claro que não somos bandidos?, disse a coordenadora frente à tentativa de criminalizar as ações do movimento.
O processo de mobilização dos movimentos coincide com a Jornada de Lutas da Agricultura Familiar da FETRAF-PARÁ. Além das questões supracitadas, a entidade reivindica política agrícola e de crédito e, educação no campo para realização de curso técnico e superior.