A CONTRAF BRASIL entende que a greve dos caminhoneiros que ocorre em todo o país, contra o aumento do preço dos combustíveis é legítima, pois a alta do preço afeta não apenas a categoria, como também a própria Agricultura Familiar. No entanto, é preciso deixar claro de quem é a culpa dessa crise.
A CONTRAF BRASIL alerta que o problema desta crise é causado pela política adotada a partir do Governo Temer, de enfraquecimento da Petrobras, quando passou a atender os interesses das empresas estrangeiras. Ao optar pela redução da capacidade das refinarias em 70% e ainda refinar o petróleo cru em empresas estrangeiras, seguindo com a compra do mesmo petróleo a custo bem mais alto, os valores recaem no bolso do consumir brasileiro. Ainda, coloca em risco milhares de empregos e monta um cenário ilusório de que o fator da crise é devido a Petrobras ser uma estatal.
Lembramos que enquanto a Petrobras mantinha sua finalidade de empresa estatal e sua capacidade de produção, os preços dos combustíveis estavam de acordo com o mercado. Portanto, fica claro que a crise dos combustíveis é consequência da política de reajuste do Governo Temer e da sua clara intenção de privatizar a Petrobras.
A crise trouxe aumento dos custos de todos os bens de consumo que chegam na mesa dos brasileiros. Em várias regiões do país os agricultores e agricultoras familiares já estão jogando fora o leite e perdendo parte de sua produção de frango, suínos verduras, hortaliças, entre outros, devido ao problema do escoamento. Os prejuízos só aumentam e o agricultor e agricultora familiar são os mais penalizados com todo este processo.
Neste cenário, entendemos que é necessário que a pauta de reivindicações dos caminhoneiros seja atendida e destacamos que todo este processo tem resultado prejuízos para a Agricultura Familiar que perde boa parte da sua produção de alimentos.
Perguntamos, quem irá se responsabilizar pelos danos causados? Exigimos que Governo atenda as reivindicações não apenas dos caminhoneiros, como também da Agricultura Familiar que perde a cada dia toneladas de alimentos, que certamente irão causar inúmeras prejuízos para as famílias que dependem da comercialização dos seus alimentos para sobreviverem.
Queremos que a Petrobrás permaneça como patrimônio público do povo brasileiro. Somos contra a privatização e contra a política de Michel Temer de reduzir a capacidade de produção da Petrobras e abrir o mercado as empresas internacionais.