A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, defendeu a ampliação da compra de alimentos da agricultura familiar tanto pelo setor público como pelo setor privado. Na abertura 5ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional da Bahia, Tereza destacou a importância do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) como política de acesso a alimentos saudáveis e de qualidade.
"Não tem por que o setor privado não comprar. Ganha todo mundo porque fortalece a agricultura familiar, os assentamentos, os extrativistas, pescadores, mas também coloca comida na boca das nossas crianças, do nosso povo, porque é alimento saudável, é comida de verdade", reforçou Tereza, nesta quarta-feira (26). Ela informou que o setor público tem como meta comprar 30% dos alimentos produzidos pelos pequenos agricultores. Esse percentual mínimo já era exigido nas compras para a merenda escolar.
A conferência em Salvador faz parte do processo de debate entre sociedade civil e governos federal, estadual e municipais que resultará na 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, marcada para novembro, em Brasília.
A ministra destacou outro grande desafio a ser discutido pelos delegados: o combate ao sobrepeso e à obesidade. Fora do Mapa Mundial da Fome das Nações Unidas desde 2014, o Brasil tem esse novo problema a ser enfrentado. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na semana passada, mostram que 32,3% das crianças com menos de 2 anos de idade consomem refrigerante. Mais da metade da população adulta tem excesso de peso.
Acesse a Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, aqui
O desafio de universalização da água foi outro ponto da agenda de segurança alimentar e nutricional que Tereza ressaltou. “O acesso à água não é apenas uma questão de direito, mas de melhora na saúde, na qualidade de alimentação da nossa população”, afirmou. No Nordeste, estão previstas 100 mil tecnologias sociais de acesso à água para produção até 2018. O programa Água para Todos já entregou mais de 1,2 milhão de cisternas para consumo humano e 128,1 mil tecnologias para produção.