De 17 a 22 de outubro, a FETRAF-BRASIL integra a 37ª sessão plenária do Comitê de Segurança Alimentar (CSA) da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que acontece em Roma, na Itália. O objetivo da atividade é promover o diálogo sobre a segurança nutricional e, acabar com a pobreza e desnutrição promovendo alimentação saudável.
O evento, que enfatiza a importância da alimentação, terá discussão voltada também para a preocupação mundial sobre a crise dos alimentos. Para Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL, um dos principais temas da atividade.
“Eventos como esse, seguido da comemoração pelo Dia Mundial da Alimentação, evidenciam nossa preocupação com produção de alimentos no que se refere à deflagração da crise mundial quanto à volatilidade dos preços. Os países mais pobres não podem pagar a conta e os agricultores familiares, responsáveis pela alimentação saudável da população, também não” disse a coordenadora.
De acordo com o último relatório sobre O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo - 2011, divulgado no dia 10 de outubro, pela ONU, destaca-se que os preços dos alimentos devem seguir em alta, afetando gravemente agricultores e consumidores dos países pobres. E isso significa que até 2015, 600 milhões de pessoas ainda sofrerão por causa da fome.
Esse ano, no dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, a FAO lançou o tema “Preços dos alimentos: da crise à estabilidade” para estimular a reflexão sobre as causas da alteração dos preços e a importância da adoção de medidas estruturais que alterem essa situação.
O Brasil, que além de ter garantido na legislação o direito humano à alimentação, tem nos programas como Fome Zero, Brasil Sem Miséria, de Aquisição de Alimentos e Alimentação Escolar, iniciativas de referência mundial de combate à fome.
“O Brasil é exemplo em políticas públicas para contribuir com a segurança alimentar e nutricional, e de incentivo aos agricultores familiares, responsáveis por mais de 70% da produção de alimentos que a população consome. Nosso papel é estratégico para acabar com a fome no mundo. E esse encontro além de possibilitar a troca de experiências sobre as ações desenvolvidas para garantir a alimentação no mundo, ressalta que essa é uma responsabilidade a ser compartilhada por setores governamentais e sociedade como um todo”, disse.