Segunda etapa de oficinas chega a Teresina-PI.

24/07/2015 - 13:03

Mais uma oficina de capacitação ao PNCF (Programa Nacional de Crédito Fundiário) está sendo realizada em Teresina-PI.

 

Mais uma oficina de capacitação ao PNCF (Programa Nacional de Crédito Fundiário) está sendo realizada em Teresina-PI. Essa é a segunda atividade no estado, que visa ensinar e nivelar o conhecimento do Programa para que haja desburocratização em todo seu desenvolvimento.

Lideranças de 20 municípios estão presentes na Oficina.  Todos vieram aprender a forma correta de trabalhar com o PNCF e entender como melhor aplicá-lo nos municípios em todo o estado.  “O nosso objetivo é construir mais 20 propostas em cada cidade para que a Agricultura Familiar tenha uma desenvoltura exemplar em toda região. Esse encontro tem poder de abrir nossas mentes para saber como realizar propostas bem elaboradas e ter êxito aqui no Piauí”. Essas são as palavras de Francisco de Sousa, coordenador do PNCF no estado.

“A capacitação dos técnicos traz intensidade no conhecimento para lidar com os agricultores no campo e para que o PNCF seja bem aplicado. Temos buscado fortes parcerias com a UTE (Unidade Técnica Estadual) e com o Banco do Nordeste, um grande parceiro no estado. Acreditamos que dentro de uma boa capacitação e com essas parcerias importantes, será possível o campo piauiense desenvolver o programa com mais qualidade”. Explica Sousa.

Nessas oficinas é possível realizar um momento valioso de grande aprendizado. Existem participação e interação de todos os presentes e no Piauí, grande partes dos técnicos já trabalharam com o crédito fundiário, o que torna o ambiente de dúvidas ainda mais interessante. “Aqui possuem unidades produtivas, formadas pela própria FAF, porem não existia o cadastro dessas propostas em nome da federação.” Relatou Andrea Connolly, consultora da secretaria de reordenamento agrário, que acredita que a FAF/FETRAF-PI juntamente com o MDA vai ajudar a transformar a vida de muitas famílias.

Durante os dias de oficina, o programa é apresentando , assim como seus normativos , os componentes básicos do crédito fundiário e outros assuntos relacionados ao programa. “Teremos também um momento prático, onde faremos o preenchimento no sistema de informações gerenciais do crédito fundiário, uma parte fundamental para entender como se faz. Através de uma senha teste, os técnicos vão preencher criar propostas, para terem experiência na prática”. Lembra Andrea.

Esse é um momento único! Divulgar o programa, levar conhecimento aos interessados de como funciona, quais são as suas normas e diretrizes, fará com que saiam daqui como agentes multiplicadores do PNCF. Vão ter a possibilidade de mobilizar as famílias no campo e qualificar uma demanda de acesso ao programa que existe, é real. O número de famílias interessadas em adquirir imóveis rurais é expressivo e sempre falta conhecimento para prosseguir.  É preciso levar informação ao agricultor, explicar como dar os primeiros passos nos processos de aquisição de terra. Só assim os técnicos aprendem, participam , se comunicam , tiram dúvidas e torna a atividade muito mais produtiva.

“O Piauí é o segundo lugar em nível de contratação em todo país, uma particularidade deste estado. Por isso temos propriedades com preços baixos, o acesso a terra é relativamente fácil e existe um público elegível para acessar a terra” Explica Andrea, que mesmo diante de tantas “facilidades”, não descarta os obstáculos que virão.  “Em relação a desafios , precisamos realizar esse trabalho de uma forma completa. Uma coisa era qualificar a demanda e leva-la para a unidade técnica estadual (UTE). Outra coisa é começarmos a qualificar essa demanda , a fazer todo esse cadastramento via sistema, encaminhar proposta para as UTES e ser o painel criador dessa proposta. Não pode entregar tudo de qualquer jeito.  Daí a importância da FAF/FETRAF através dos seus sindicatos , em assumir  seu papel na fase 1 do Programa de organizar esses grupos e mobilizar  famílias”. Finalizou a consultora

Lázaro Bento, coordenador de gestão e finanças da FETRAF/BRASIL também falou sobre isso:

“Se tivermos uma boa preparação, teremos boas propostas. Precisamos de um conjunto de pessoas preparadas, que vão fazer as propriedades produzir, e fazer com que esses assentamentos deem certo. Isso significa dizer, que se estivermos mal preparados, teremos assentamentos ruins. Nosso papel como federação em todos os estados é chamar atenção para isso. Precisamos ajudar coordenar esse trabalho importante. Se amanhã os grupos que estão sendo formados fizerem bons assentamentos, teremos bons resultados e seremos aplaudidos, lembrados. Se existem erros é hora de corrigirmos e avançarmos. Essa deve ser a maior lição dessa oficina”.