Escrito por Fernanda Silva - IMPRENSA FETRAF-BRASIL
Foto: Danilo Almeida
Em reunião na tarde da última sexta-feira (10), com Aloízio Mercadante, Ministro da Educação, Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL, e representantes de demais movimentos sociais, assistiram apresentação do Programa Nacional de Educação no Campo (PRONACAMPO), projeto construído com base na reivindicação dos movimentos.
Durante a VII Jornada Nacional de Lutas da Agricultura Familiar, em 2011, a FETRAF-BRASIL apresentou, ao então ministro da pasta Fernando Haddad, a necessidade de implantação de uma política educacional especifica à realidade do campo.
Desde então, em diversas reuniões com o ministério, as entidades formulam proposta do PRONACAMPO que abrange o ensino infantil, fundamental e médio, bem como superior e qualificação profissional. Aliados a formação específica de professores, para que estejam inseridos no contexto local e, a utilização de projetos empreendidos pelos movimentos e resgate e reestruturação de programas como Saberes da Terra.
Na Jornada de Lutas, o ministro anunciou a criação do Plano Nacional do Livro Didático do Campo e de Diversidade.
Segundo Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL, a versão do Programa, apresentado na reunião com Mercadante, é resultado do processo de discussão e construção junto com os movimentos. Embora existam aspectos a serem tratados, agora, é importante partir para ação.
“Tem questões que só serão resolvidas a partir da execução de Programa. Ele foi construído a partir das nossas aspirações, sob os princípios da agroecologia, fortalecimento do vínculo do homem com o campo, formando-o adequadamente, mas o governo tem que avançar no processo de diagnóstico e georreferenciamento das escolas do campo que foram fechadas. Isso vai proporcionar a avaliação da infra-estrutura desses locais”, informou.
Com o lançamento do Programa previsto para a segunda quinzena de março, o objetivo da FETRAF é que ele se torne uma política pública e não seja um Programa temporário. Durante a reunião, a entidade também enfatizou a importância dos recursos para realização do PRONACAMPO não estarem centralizados, “para que a burocracia não emperre a execução”.