Neste sábado, 16 de outubro, é celebrado o Dia Mundial da Alimentação. Difundida em 1970 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a data tem como objetivo conscientizar e unir esforços para combater a fome no planeta.
Entretanto, cinco décadas após a escolha do dia 16 de outubro como Dia Mundial da Alimentação, a segurança alimentar e nutricional mais que nunca é uma pauta urgente no Brasil.
Especialmente quando 55,2% da população não necessariamente come três refeições ao dia, segundo o relatório mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PenSSAN), formada por pesquisadores de todo o país.
O mesmo levantamento indica ainda que mais de 19 milhões de brasileiros estão em privação extrema de alimentos e outros 116 milhões vivendo em situação de insegurança alimentar.
Embora a pandemia tenha agravado e escancarado o problema da insegurança alimentar no País, a fome dos brasileiros já era um cenário previsto diante da crise econômica, do desemprego e, principalmente, um sistema alimentar predatório, que destrói inúmeras variedades de culturas para produzir apenas commodities. Ou seja, não interessa produzir o que não gere dinheiro.
Neste dia em que todos os olhos estão voltados à importância da alimentação para dignidade humana, nós, da Contraf-Brasil/CUT reiteramos a importância da Agricultura Familiar neste processo e do fortalecimento de sistemas produtivos, sustentáveis, solidários e agroecológicos.
"A fome dói e, infelizmente, milhões de brasileiros, mulheres, homens e crianças vivem diariamente a angústia de encontrar a geladeira vazia e não saber quando será a próxima refeição.
Precisamos lutar por um governo progressista que se importe com o povo brasileiro e respeite a vida no campo e os agricultores e agricultoras que produzem alimentos para nossa nação, além de lutarmos para mudarmos a forma produzir e consumir, sempre evitando o desperdício. Sem dúvidas, a chave para mudança deste triste cenário está no fortalecimento de práticas agrícolas e pecuárias cada vez mais sustentáveis", ponderou a coordenadora Geral da Contraf-Brasil, Josana Lima.