A Contraf Brasil participou da entrega da ‘Carta da Terra’ ao presidente da Câmara Rodrigo Maia, construída no Seminário Terra e Território: Diversidades e Lutas, pelos representantes de diversos movimentos sociais, entre os dias 6 e 8 de junho, em Guararema (SP).
A “Carta Terra” reúne denúncias de retrocessos promovidos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e sete compromissos firmados pelas 50 organizações presentes no evento. Entre os debates apresentados durante o seminário, que são suscitados pela carta, estão os modelos de ocupação de terras e a defesa do meio ambiente.
A carta foi definida como “uma plataforma de ação, de debate, de luta, que caminha para a construção de um grande projeto de como deve ser o campo brasileiro”.
Para a Contraf Brasil, o momento foi uma oportunidade de expressar a preocupação das organizações que representam a classe trabalhadora brasileira com o andamento de pautas importantes que tramitam no Congresso Nacional, como questões sobre a reforma agrária e territórios envolvendo os povos do campo, da floresta e das águas, como quilombolas.
Para além deste ponto, o orçamento também faz parte dos eixos de discussão, principalmente, dos programas que foram fundamentais para tirar o Brasil do mapa da fome, como Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA) e outros como Assistência Técnica e Extensão Rural e o Plano Safra.
A Contraf Brasil acompanha, de perto, as pautas que tratam da Agricultura Familiar na Casa, justamente, devido à importância que as políticas públicas possuem para o desenvolvimento do setor.
“O gesto do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em atender os movimentos foi importante na perspectiva do diálogo. Esse papel é construtivo porque são eles que legislam, os parlamentares. Logo, garantir essa aproximação e apresentar as nossas reivindicações fazem parte do processo para os melhores encaminhamentos e decisões que possam trazer benefícios para o conjunto da Agricultura Familiar”, destaca o coordenador da Contraf Brasil Marcos Rochinski, pontuando que apesar do encontro não garantir a efetivação exata do que foi apresentado, porém a ação é um papel e dever dos movimentos que fazem a defesa da classe trabalhadora.