Na manhã desta quinta-feira (16), na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, a FETRAF-BRASIL, e demais movimentos sociais, discutiram, com Celso Lacerda, presidente do órgão, a criação de uma política agroecológica para os assentamentos da reforma agrária. De 6 a 8 de março, um grupo de 120 pessoas, representantes de organizações, irão debater a proposta que será encaminhada à Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (CNATER).
De acordo com Lázaro Bento, coordenador de Reforma Agrária da FETRAF-BRASIL, os movimentos levantaram vários aspectos que devem ser contemplados nessa política como: assistência técnica qualificada; profissionais preparados; investimentos tecnológicos e de infra-estrutura nas propriedades e; a utilização de experiências já consolidadas.
“Existe a necessidade também de ter uma equipe que leve em conta a diversidade produtiva, já que o objetivo do projeto é aumentar a produção nos assentamentos”, considerou.
Para o coordenador, embora a questão de implantar o projeto agroecológico não seja novidade, “o louvável é o Celso aprofundar a da questão da assistência técnica na Conferência Nacional".
“Agroecologia e Reforma Agrária precisam caminhar juntas. Nesse momento em que discute-se a Rio+20, o combate à fome e à miséria, a produção de alimentos feita com qualidade é fundamental para garantir a segurança alimentar”.
Participaram da reunião com o INCRA a, Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG).
O documento que será discutido na reunião de 6 a 8 de março, será entregue na CNATER que ocorrerá em abril deste ano.