O ano de 2017 será de grandes mobilizações dos trabalhadores e trabalhadoras na Agricultura Familiar do país. Essa é a avaliação da CONTRAF BRASIL sobre a política nacional, baseada numa retrospectiva das medidas aprovadas em 2016 e do que ainda está tramitando no Congresso Nacional. (Escute na íntegra a Análise Política da CONTRAF BRASIL)
Segundo o coordenador geral da CONTRAF BRASIL Marcos Rochinski, pela primeira vez em 12 anos, em 2016 não foi possível comemorar novas conquistas na Agricultura Familiar, pelo contrário houve muitos retrocessos como o fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário, cortes e o congelamento de investimentos em áreas sociais, reforma agrária e que irão restringir a execução de políticas de assistência técnica, comercialização, crédito, habitação entre outras.
Para agravar ainda mais a situação, nos últimos meses de 2016 o Governo anunciou o fim da Ouvidoria Agrária Nacional; a admissibilidade da PEC da Reforma da Previdência, que deve ser votada em fevereiro deste ano; o reajuste do salário mínimo abaixo da inflação; a publicação da Medida Provisória 759, já em dezembro, que trata da reforma agrária e que no ponto de vista da CONTRAF BRASIL, é um grande retrocesso quando a municipaliza.
“Nós iniciamos o ano apresentando nosso repúdio a mais esta medida de retrocesso que o Governo Temer tem adotado em relação aos povos dos campos, das águas e florestas. Conclamamos aos nossos sindicatos, associações, cooperativas, dirigentes e aos agricultores e agricultoras familiares do nosso país para nos mantermos mobilizados. 2017 será um ano de grandes lutas, e por meio delas é que vamos conseguir assegurar o que conquistamos e avançar em novas políticas para fortalecer ainda mais o desenvolvimento sustentável do nosso país. (Escute na íntegra a Análise Política da CONTRAF BRASIL)
Mais um degrau
Apesar dos inúmeros retrocessos na política nacional, a CONTRAF BRASIL conseguiu avançar em sua amplitude. Em 2016 passou de Federação para Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil.
“Foi um marco importante e que dá mais empoderamento para chegarmos no Governo e sociedade, para cada vez mais fortalecermos as lutas em defesa dos interesses dos Agricultores e Agricultoras Familiares do país”, pontua Rochinski.