Agricultores familiares do Médio Araguaia em Goiás conquistam espaços democráticos de direito

15/07/2016 - 15:29

Aconteceu nesta semana o Encontro de Formação dos conselheiros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, com foco na capacitação das lideranças para o enfrentamento político territor

A cidade de Jussara, localizada na região do Médio Araguaia em Goiás vive um momento histórico na agricultura familiar. Depois de anos sob um sistema coronelista, as entidades passaram a ser compostas, realmente, pela representatividade da sociedade.

Agora, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável tem no comando as lideranças sindicais das entidades que representam os interesses coletivo da categoria. Nesse cenário, aconteceu nesta semana o Encontro de Formação dos conselheiros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, com foco na capacitação das lideranças para o enfrentamento político territorial, que, por meio dele, visa alcançar na prática os objetivos do conselho.

“Antigamente quem nomeava o presidente dos conselhos eram os prefeitos e isso travava o andamento das lutas sociais. O conselho é que tem o papel e o poder representativo de pressionar os órgãos públicos e suas gestões para suas políticas públicas funcionarem e ele sendo comandado por pessoas ligadas aos interesses do prefeito, é claro, que não funcionava na prática”, comenta Tiago Verano, assessor de inclusão produtiva do território do médio Araguaia em Goiás.

Segundo ele, a região agora possui novas perspectivas com a nova representação, que tem apoio da FETRAF entre outras parcerias como universidades, institutos e Embrapa. “Através dos nossos trabalhos de base, passando pelas comunidades conseguimos mostrar a importância da participação da população nas instancias como os conselhos, pois só assim vamos conseguir atender as demandas da população mais vulneráveis”, diz o assessor.

O evento também sediou a feira de produtos da agricultura familiar, que apesar dos avanços ainda vive um grava problema sobre sistema de inspeção municipal e estadual, que não existe. “Sem isso nossos agricultores familiares ficam impedidos de comercializarem seus produtos porque a justiça vem e proíbe. Precisamos ir para o enfrentamento e é por meio da representatividade da categoria que poderemos alcançar nossas necessidades”, pontuou.

Assessoria de Comunicação da Fetraf Brasil