Com o tema: "O papel da Juventude na Construção de um Novo Modelo de Desenvolvimento”, cerca 50 jovens dos três estados sul participam da Conferência e do Seminário Regional da Juventude.
Ao discutir a necessidade de políticas públicas que promovam o acesso à cultura, inclusão digital, educação, etc, Daniela Celuppi, coordenadora de Juventude da FETRAF-SUL considera o debate como fundamental para delinear as grandes ações da juventude da agricultura familiar.
“O nosso maior desafio é pensar em uma ação articulada da juventude. Não adianta só pensarmos em crédito fundiário, mas temos que pensar as ações que possibilitem o acesso ao crédito, à educação, lazer, inclusão digital. Ou seja, pensar uma série de ações que possibilitem a permanência do jovem no campo com qualidade de vida”, considerou.
Na avaliação de Marcos Rochinski, secretário Geral da FETRAF-BRASIL, o país tem avançado no conjunto de políticas para juventude, entretanto, as carências desse público não se resumem ao acesso a crédito.
“Se temos a terra e o crédito, precisamos de uma ATER [assistência técnica e extensão rural] para organizar a produção, e programas de comercialização que garantam a compra do produto. Isso compõe a nossa parte de renda, mas não exclui a necessidade de outras políticas voltadas para nossa realidade”, ponderou.
De acordo com o secretário, a expectativa da direção da FETRAF é que o coletivo de jovens “construa propostas concretas do que efetivamente deve ser o diferencial que falta das políticas existentes, para melhorar a vida do jovem agricultor familiar”.
O evento, que se estende até a tarde desta sexta-feira (9), contará com encerramento promovido pela Secretaria Nacional de Juventude.