Mais de mil mulheres reuniram-se hoje 10.03 no Encontro Regional de Mulheres no município de Constantina, no Rio Grande do Sul para debater sobre a reforma da previdência social. O evento contou ainda com a presença de agricultoras familiares e mulheres urbanas de mais quatro municípios, sendo eles de São José das Missões, Liberato Salzano, Engenho Velho e Novo Xingu.
O encontro faz parte das comemorações do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, com o cunho político e reflexivo para que elas saibam quais os direitos que estão em jogo na PEC 287 – que trata da Reforma da Previdência Social. A medida retira direitos como, por exemplo, o aumento de 10 anos na idade na aposentadoria, a perda do direito por quase um ano ao salário maternidade, etc.
Para contribuir com as informações e as discussões, o palestrante e professor Valdevir Both falou sobre a reforma previdenciária nos aspectos do que significa a previdência social, principalmente para a categoria da Agricultura Familiar, de como ela impacta na economia dos pequenos municípios e do falso déficit da previdência.
O evento teve a iniciativa da Fetraf RS e Sintrafs, Coletivo de Mulheres, apoio das prefeituras municipais e Emater.
“Foi uma semana positiva, pois sentimos que as mulheres estão engajadas na luta. Foram cerca de 40 atos, contando com seminários, encontros, audiências, entre outros. Tudo para dizer não aos retrocessos propostos pelo Governo”, avalia Cleonice Back, coordenadora geral da Fetraf do Rio Grande do Sul.
Segundo as lideranças, foram mais de 10 mil pessoas mobilizadas no estado, organizadas pela Fetraf RS e Sintrafs. Ainda, as mulheres gaúchas vão somar nas lutas do próximo dia 15 de março, junto a mobilização dos professores (as).
“A unidade do campo e cidade é fundamental para o enfrentamento a reforma da previdência. Daremos continuidade as lutas e nos próximos dias vamos definir novas estratégias”, avisa a coordenadora.
A Fetraf RS também está organizando os Comitês Municipais em Defesa a Previdência Social, onde os eleitores irão cobrar dos prefeitos e vereadores uma moção de repúdio a PEC 287, para que seja enviada aos deputados federais do estado, a fim de barrar a votação do projeto.
