Moradora de Bituruna, no interior do Paraná, Jéssica Wergopolen, de apenas 25 anos é forjada na luta. Nascida em uma família de agricultores rurais, a jovem conhece a fundo o impacto das políticas dos governos de Lula na vida do trabalhador rural. Ela e sua família chegaram nesta sexta-feira (25), na Vigília Lula Livre, onde participaram de debates sobre a agricultura familiar e prestaram seu apoio ao ex-presidente, preso político desde 7 de abril.
Jéssica é beneficiária do programa “Nossa Primeira Terra”, instituído pelo então Presidente Lula em 2004. Trata-se de uma linha de financiamento especial, voltada para filhos de agricultores, sem terra e estudantes de escolas agrotécnicas de 18 a 24 anos que desejam ter uma propriedade rural.
“Foi no governo Lula que tive a oportunidade de adquirir meu pedacinho de chão. Se não existisse essa proposta eu não teria conseguido de outra maneira. Por isso falo com muita felicidade que graças a Lula posso construir minha vida daqui para frente. Só com Lula livre podemos retomar o que havíamos conquistado”, afirmou Jessica. Ela conta que não conhece outra vida além da agroecologia e do trabalho rural.
Ela conta que na propriedade deles tudo é produzido para consumo próprio e outra parte é vendida para moradores da região. “Comemos tudo que plantamos, temos praticamente tudo lá. Podemos dizer que somos sustentáveis”.
Ela estava acompanhada de seu pai, o agroecologista Bernardo Wergopolen, que contou com o apoio de programas dos governos do PT para criar sua família e ampliar sua produção. “Desde jovem me envolvi nas lutas pelas conquistas dos pequenos agricultores. Lula representa muito bem a nossa ousadia como agricultor familiar de querer ser reconhecido como a principal categoria do mundo, aquela que produz o alimento sagrado”.
Ari Santos, que vive em Marmeleiro, também interior do Paraná, também está na Vigília Lula Livre e contou como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) impactou em seu ganha pão. Morador de uma área de conflito, ele teve acesso a crédito e conseguiu ampliar sua produção.
“Sou beneficiário do Pronaf, vivo em uma área de conflito, mas tive acesso a linhas de crédito durante o governo de Lula. Com as emendas também pudemos implantar nossa associação onde podemos produzir nossa silagem, nossos grãos. Mas agora estamos vivendo um novo golpe, como foi em 64, tentando tirar do meio uma pessoa que tanto fez pela sociedade”, disse Ari.
Eles chegaram junto com a IV Caravana da Agricultura Familiar que desembarcou em Curitiba para fechar sua agenda de viagens e prestar apoio ao ex-presidente Lula.