De 12 a 15 de fevereiro de 2019 em Juazeiro do Norte/CE, ocorreu o Encontro Nacional dos Agricultores (as) experimentadores (as), realizado pela ASA (Articulação Nacional do Semiárido Brasileiro), juntamente com grandes parceiros, com o foco principal, o protagonismo dos agricultores (as) experimentadores (as) da articulação do semiárido.
Participaram cerca de 250 pessoas, na sua maioria agricultores e agricultoras experimentadores/as dos 10 estados do Semiárido brasileiro (de Minas Gerais ao Maranhão), e também representantes de instituições de pesquisa e de organizações de fortalecimento da agricultura familiar e parceiros.
A FETRAF/RN esteve no encontro sendo representada pela Coordenadora de Mulheres, Cícera Franco, que falou da experiência de sua unidade produtiva familiar.
Cícera falou da importância do encontro: "A sabedoria e práticas dos agricultores/as do semiárido brasileiro é composta de uma diversidade de etnias, cores e gênero que é e sempre será a resistência do semiárido brasileiro", destacou Cícera.
É com toda a resistência do campo que seguiremos na luta para assegurar nossos amplos direitos e permanência no campo.
Para Cícera, a troca de saberes no encontro deixa mais forte que necessitamos unificar cada vez mais esses espaços entre agricultores e agricultoras familiares do semiárido.
A diversidade de sementes da cultura e práticas de saberes também fortalecem os laços da nossa resistência para a continuidade das diversas políticas que estão sendo tomados da forma mais covarde dessa política de extermínio vivida em nosso país.
O diálogo entre agricultores vem alimentar e reascender a chama da esperança que foi construído em poucos anos com o incentivo de um governo que conhece o histórico do semiárido e que não é só a falta de água, mas um conjunto de vários elementos que são necessários para a vida viva!
Ainda em seu relato sobre a experiência em ter participado de um evento tão rico e diverso, a Coordenadora de Mulheres da FETRAF/RN, Cícera Franco fez questão de dizer que, "As danças e costumes são instrumentos que dialogam nos olhares da cultura do semiárido com sabores que nos alimentam a alma e purifica nossos espíritos humanitários".
Por fim, Cícera deixa mais um recado: "Desigualdade" aqui não tem espaço! Os laços com as identidades são fortes e reconhecidos entre todos e todas. Autoestima mais que relevante nesse momento sombrio. "As vozes soam entre as salas, essas vozes são de denúncias, mas também de nos encorajar para enfrentar nossos opressores", conclui Cicera.