Para discutir as políticas públicas com foco na nutrição, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) realizou, nesta terça (5) e quarta-feira (6), reuniões plenárias, no auditório do Anexo I do Palácio do Planalto. No primeiro momento, a reunião foi coordenada pela presidenta do Consea, Maria Emília Pacheco.
Durante a plenária, o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS e secretário executivo da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), Arnoldo de Campos, falou sobre o Programa Temático de Segurança Alimentar e Nutricional. Apontou também pontos para buscar os grupos populacionais que ainda sofrem com a insegurança alimentar e nutricional e meios para promover políticas públicas e estratégias territoriais que respeitem as especificidades da população. Esses serão, em sua opinião, os principais desafios de segurança alimentar e nutricional (SAN) no país.
“Outro desafio é a qualidade da alimentação da população. O próximo passo é reforçar as ações educativas para combater o sobrepeso, a obesidade e outras doenças decorrentes da má alimentação. Precisamos também ampliar esforços relacionados ao aumento do acesso e da disponibilidade de alimentos saudáveis, minimamente processados”, afirma Arnoldo de Campos.
Também foram discutidos os resultados do Fórum Participa Brasil, as repercussões na saúde da população do consumo de alimentos contaminados com agrotóxicos e o Ano Internacional do Solo.
Já no segundo dia, a plenária foi marcada pela apresentação do Guia Alimentar do Brasil, por parte do ministério da saúde com a presença inclusive do ministro Arthur Chioro e também do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) Antonio Idilvan de Lima .
O Guia Alimentar do Brasil será lançado nos próximos dias e trará vários aspectos relevantes sobre a perspectiva de consumo de alimentos mais saudáveis, como por exemplo, produtos não processados, não transformados, que reforçam a ideia de que a população brasileira passe a consumir produtos naturais. Isso abre a possibilidade de aumentar a produção da agricultura familiar. A FETRAF/BRASIL acredita que o único modelo capaz de produzir alimentos saudáveis e cumprir com a soberania alimentar no nosso país é um modelo baseado na agricultura familiar. Principalmente o modelo baseado em produções de tecnologia alternativas, sobretudo com práticas agroecológicas.
Marcos Rochinski, coordenador Geral da FETRAF/BRASIL, esteve presente nas plenárias e acha que a segurança alimentar é um dos problemas mais importantes de saúde pública em todo o mundo. "Nos tempos modernos, a distribuição dos alimentos é global, por isso, se um alimento não é saudável ,se torna perigoso para a saúde, o risco de disseminação de doença é elevado. A FETRAF se preocupa com o consumidor, com a População. Deseja que todos tenham acesso permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. Sempre prezamos por nossa nossa participação no CONSEA por entender que esses são espaços fundamentais de elaboração de propostas que ao longo do tempo trazem grandes resultados de transformação em politicas públicas, com inúmeros benefícios para a população. E de modo bem especial, para nós os agricultores e agricultoras familiares”