Um futuro com cidadania e mais educação são pilares fundamentais para o desenvolvimento do país. Essa reflexão, neste dia 12 de outubro, dia das crianças, é fundamental em meio ao período de eleição, que se apresenta como um divisor de águas para o nosso país. A escolha pela democracia ou a volta de uma ditadura.
Para a Contraf Brasil, que representa a agricultura familiar, a igualdade de oportunidades para os povos do campo, nossas crianças, passa não somente pela universalização do acesso a uma das escolas públicas gratuitas, de qualidade e socialmente comprometidas para os segmentos excluídos, como também pelo resgate dos saberes dos diferentes sujeitos a quem a educação e a escola se destinam, na democratização, respeito as identidades e na relação com o mundo do trabalho e da cultura.
Entendemos que ainda há muito o que avançar, principalmente na educação. Para isso, um Governo democrático que garanta os direitos fundamentais é primordial, inclusive que respeite o que rege a nossa Constituição, que este ano completou 30 anos.
No campo, as deficiências na educação pública ainda são mais desafiadoras, pois existe uma carência de professores qualificados, precariedade das instalações físicas e organização curricular descontextualizada do cotidiano dos povos do campo. Nossa realidade ainda é de uma má distribuição geográfica das escolas, insuficiência, ausência do transporte escolar, condições inadequadas de trabalho, salários defasados, falta de material didático, entre outros problemas.
Portanto, faz-se necessário uma política pública de financiamento da educação no campo, adequado ao atendimento de todas as necessidades da educação nacional com definição de padrão de qualidade.
Vale ressaltar, que o futuro da educação no país passa pela difícil tarefa de oferecer uma educação emancipadora, que forme cidadãos participativos e capazes de atuar nessa sociedade de forma consciente. Neste contexto, é importante a democracia se fazer presente nesse ambiente, uma vez que a escola é uma instituição social inserida na sociedade. Caso contrário, como bem diz Paulo Freire, quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.