“Pretendemos manter, consolidar e ampliar o diálogo com os movimentos sociais ligados à terra. Porque sem esse diálogo, não conseguiremos o desenvolvimento rural que queremos”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, em visita ao Quilombo Campinho da Independência, localizado em Paraty (RJ). A visita à comunidade quilombola faz parte do Territórios em Foco, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Durante o encontro, o coordenador do Fórum de Comunidades Tradicionais, Wagner Nascimento, afirmou que o apoio à agroecologia é o caminho para o desenvolvimento rural. “Nós estamos mostrando propostas que atestam que não estamos reclamando, mas sim pautando o governo federal e construindo um processo com práticas sustentáveis. Nós sempre tivemos compromisso com o meio ambiente, pois fazemos agroecologia e não abrimos mão disso”, apontou.
Na merenda
Após ouvir as reivindicações das comunidades quilombolas, indígenas, pescadoras e dos agricultores familiares da região, o ministro conheceu as instalações da Cooperativa Pacová, no assentamento Barra Grande, que produz doces de banana. As bananadas são vendidas ao município por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Territórios em Foco
Para direcionar melhor as políticas públicas para o meio rural, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) trabalha com o conceito de Territórios de Identidade. O território é formado por uma reunião de municípios que compartilham aspectos históricos, culturais, econômicos, geográficos, sociais comuns. Dentro dos territórios, a sociedade civil e o poder público se organizam em colegiados para monitorar a execução de políticas públicas para o campo.
O ministro Patrus Ananias iniciou em julho deste ano uma série de viagens para conhecer de pertos os resultados e desafios para fortalecer essa estratégia de desenvolvimento rural. Antes da visita ao Rio de Janeiro, Patrus já esteve nos territórios Sertão Central (CE), Vale do Itapecuru (MA) e Norte (ES). Nas atividades, visitas a espaços da agricultura familiar, assentamentos, acampamentos, quilombolas, colegiados e movimentos sociais. A ideia é aproximar o poder público das comunidades rurais.