Reunião do coletivo de mulheres da Fetraf Pará inicia os debates e o planejamento das ações para o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. As bandeiras das Agricultoras Familiares levam os temas de luta no combate à violência de gênero, contra o ataque aos direitos da mulher e aos direitos previdenciários.
Segundo dados oficiais compilados pelo observatório de igualdade de gênero da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), no Brasil a taxa de feminicídio é de 1,1 para cada 100 mil mulheres.
Os números mostram que o assassinato de mulheres cresce, no entanto, principalmente após as reformas aprovadas no país, que agravam a desigualdade de gênero. Pesquisas da ONU revelam que as mulheres têm renda 41,5% menor do que a dos homens. E são as mais prejudicadas pelo desemprego, em especial as mulheres negras.
Sob o aspecto da mulher do campo, da floresta e das águas, vale lembrar que elas são as que mais tomam a frente na resistência para impedir o avanço de projetos sobre o território como, por exemplo, de desmatamento, da instalação de hidrelétricas na Amazônia, do interesse dos EUA na Base Militar de Alcântara, entre outros.
A Fetraf Pará ao longo dos dias, até 8 de março, promove e participa de atos que chamam atenção da sociedade para os problemas mencionados, com objetivo de construir uma pauta unificada na luta contra os retrocessos, principalmente, as que envolvem os direitos da Mulher.