Nesta semana alusiva ao Dia Mundial da Água a CONTRAF BRASIL destaca o importante papel que a Agricultura Familiar tem desenvolvido para a preservação deste recurso natural, fundamental para a produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar do país e sobretudo a conservação do meio ambiente.
O coordenador geral da CONTRAF BRASIL, Marcos Rochinski faz uma avaliação dos eventos que ocorrerão nesta semana, o Fórum Mundial da Água, do qual discutida a pauta do Governo com as privatizações e o Fórum Alternativo Mundial da Água que defende a água como direito e bem comum.
“Nós da agricultura familiar defendemos a água como direito, contrário à proposta do Governo em querer privatizar as empresas públicas, inclusive o setor elétrico que está ligado diretamente aos nossos rios com as grandes hidrelétricas. Essa medida pode trazer desastres não apenas socioeconômico, mas de degradação e o esgotamento das nossas águas”, declara Rochinski.
Para a CONTRAF BRASIL, o Estado deve romper com o modelo de agricultura baseada na monocultura, ou seja, o agronegócio, que prioriza o capital e lucro. “É comum ver nesse modelo das grandes propriedades do agronegócio, as nascentes sendo aterradas, o lençol freático sendo poluído devido à grande quantidade de agrotóxico despejada na terra e nos rios, para facilitar a passagem de máquinas e plantio de mais hectares de soja”.
Ao contrário, o modelo de produção de alimentos da Agricultura Familiar é baseado na preservação do meio ambiente, conservando as águas, o seja, toda hidrosfera. Isso porque possui uma cultura diversificada, o que garante a segurança alimentar do país e precisa das águas para as diversas funções de irrigar a terra, consumo humano e dos animais, entre outras. Portanto sempre preservam suas nascentes, pois a água faz parte do cotidiano da agricultura familiar.
É neste contexto que a classe trabalhadora da agricultura familiar defende que o Brasil tenha um novo projeto de desenvolvimento com foco na sustentabilidade, e quem utiliza esse sistema é a agricultura familiar e agroecologia, preservando os recursos primordiais para a vida.
“Nossa proposta política é do pagamento dos serviços ambientais, ou seja, quem preserva o meio ambiente, quem preserva a água deve ser valorizado por isso”, explica Rochinski referindo-se as políticas públicas de incentivo à conservação do meio ambiente.