CONTRAF BRASIL é chamada para debates sobre Segurança Alimentar no FMS 2018

15/03/2018 - 17:08

Representando a agricultura familiar a CONTRAF BRASIL exerce papel fundamental na luta pela produção de mais alimentos saudáveis

A CONTRAF BRASIL, entidade representativa da Agricultura Familiar do país, marcou presença no debate temático sobre 'Produção de Alimentos e Soberania Alimentar', na Tenda o Futuro do Trabalho, da CUT, durante o Fórum Social Mundial, que acontece em Salvador. 

Elisângela Araújo, coordenadora de formação da CONTRAF BRASIL, lembrou que a Bahia é um dos estados com maior concentração de famílias agricultoras familiares, com cerca de 700 famílias e da ascensão da categoria nos últimos 12 anos após políticas que incentivaram a produção de alimentos. “Tivemos programas que trouxeram por exemplo a água para o nosso Nordeste, como foi o caso das Cisternas. Se tivermos incentivos o Brasil é capaz de produzir em cada canto, prova disso é o nosso semiárido. No entanto, sem as políticas que fortalecem a produção de alimentos, e o tipo de alimento que produzimos, comida de verdade e saudável, nosso país volta ao mapa da fome”, pontuou. 

Enquanto entidade que defende o direito dos trabalhadores e trabalhadoras da Agricultura Familiar, a CONTRAF BARASIL ocupa um papel fundamental na luta pela segurança alimentar e nutricional do país. Logo a presença das lideranças, como também dos agricultores e agricultoras familiares, marcam o enfrentamento contra o desmonte das políticas públicas que tiraram o Brasil da fome.

“Comida de verdade é a comida que alimenta as pessoas, que cuida do mundo, que diminui as desigualdades. A alimentação adequada e saudável é um direito!” destaca Elisabeta Recine, presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar. 

A diversidade dos alimentos é uma característica presente na produção da Agricultura Familiar, além de ser responsável por 70% da comida da mesa dos brasileiros. Outra marca da produção da agricultura familiar é o modelo orgânico, ou seja, sem uso dos agrotóxicos. 

“O Estado teve um papel chave em ampliando o Pronaf, PAA, PNAE, Bolsa Verde, no combate a fome e a insegurança alimentar, ao contrário da orientação política do atual Governo”, falou o professor da UNB, Sérgio Sawer. 

Na mesa ainda estavam a secretária de formação da CUT Nacional e da direção da FETRAF de Santa Catarina, Rosana Bertotti, a vice-presidente nacional da CUT, Carmem Foro, e Aristides Veras da Contag.