A CONTRAF BRASIL, entidade que representa a agricultura familiar do Brasil, participa no dia 19 de junho do Ato Nacional Pela Democracia e Contra a Violência no Campo, em Belém no Pará.
A ação demonstra o repúdio aos assassinatos no campo e a impunidade dos crimes. Em 2017 já foram 36 assassinatos, mais da metade registrada em 2016 com 61 assassinatos. A conjuntura política segue na direção contrária as políticas públicas que poderiam resolver os conflitos agrários como a implementação da reforma agrária. Na contramão, o Congresso Nacional aprovou a Medida Provisória 759 que ameaça, ainda mais, a segurança das comunidades tradicionais, dos quilombolas, indígenas, povos do campo, da floresta e das águas.
“Esperamos que essa ação se converta em medidas que possam mudar esse quadro de violência. Os casos de assassinatos voltaram a ser alarmantes assim como era há 10 anos. Isso é reflexo da omissão do Governo com as pautas que poderiam ajudar a resolver os conflitos no campo. No entanto, políticas como a reforma agrária foram engavetas. Queremos que exista o comprometimento dos nossos representantes com a lei e que ela seja aplicada”, pontua Viviane Oliveira, coordenadora da Fetraf Pará.
A atividade vai reunir movimentos sociais de todo o Brasil. Na programação está previsto um seminário com mesas de debates abordando as temáticas 'A conjuntura Política e Agrária e as Raízes da Violência no Campo', 'O contexto de criminalização das lutas e os Desafios dos Movimentos Sociais' e em seguida o ato público na Praça da República.