Contraf Brasil leva ao CNS a situação da saúde da Agricultura Familiar

17/05/2019 - 15:54

Com assento no espaço de participação social, a Contraf Brasil representa a agricultura familiar e se propõe a ajudar nas políticas de saúde para o meio rural

A Contraf Brasil esteve presente, nesta semana, nas atividades do Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio de seu representante, Jacildo Pinho, da Fetraf de Mato Grosso. Com assento no espaço de participação social na construção de políticas públicas junto ao governo, o conselheiro apresenta as demandas da agricultura familiar, em Brasília.

Nos dias 13 e 14, as atividades se concentraram no planejamento estratégico do CNS até 2022, com o foco da atuação do controle social na saúde, partindo da orientação coletiva e dinâmica.

“É a oportunidade de todas as entidades, que representam os diversos segmentos da sociedade, colocarem o seu ponto de vista sobre os problemas na saúde, partindo da realidade de cada região”, explica Jacildo sobre a participação no conselho.

Ainda, nos dias 16 e 17, ocorreu a 317ª Reunião Ordinária do CNS. Um dos temas mais pertinentes tratou dos impactos dos acidentes de trabalho no Brasil. A pauta foi extensa abordando também os efeitos da desvinculação de receita da União para o SUS; perspectivas da implementação da Política Nacional de Vigilância em Saúde; Política Nacional de Saúde Mental e questões da 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena a da 16ª Conferência Nacional de Saúde.

“Um dos principais problemas no meio rural, principalmente para nós agricultores e agricultoras familiares são os venenos. Estamos cercados por agrotóxicos e temos um alto índice de intoxicação nas comunidades. Sem falar que toda essa aplicação e pulverização também chega nas nossas pequenas produções”, destacou o conselheiro, representando a Contraf Brasil.

A liberação de agrotóxicos para uso em lavouras brasileiras aumentou 42% nos primeiros quatro meses do governo Jair Bolsonaro (PSL) na comparação com o mesmo período de 2018. De acordo com levantamento do Greenpeace, trata-se do maior volume de liberação de pesticidas da história no país - em relação ao mesmo período de 2010, a alta é de 922%.

Além disso, dentre as pautas, os 144 conselheiros e conselheiras nacionais de saúde debateram temas e estratégias para a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, que congelou investimentos do SUS até 2036, além de discutirem as ameaças à seguridade social, como a anunciada reforma da previdência.

A reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em Brasília, contou com representantes dos usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviço em saúde, entre titulares e suplentes.