No encerramento da 1ª Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, na quinta-feira (26), Marcos Rochinski, secretário Geral da FETRAF-BRASIL, representou todas as organizações do campo e entregou à Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), uma carta de repúdio pela aprovação do Código Florestal ocorrido na quarta-feira (25).
Em pronunciamento, o secretário considerou a votação na Câmara dos Deputados como “mais um golpe da bancada ruralista, enquanto todas as organizações representativas do campo se reuniam para discutir a construção de uma política nacional que preservasse o meio ambiente e os recursos naturai e, continuasse a ser fonte de vida e renda para os trabalhadores".
As organizações repudiam o texto “por entender que a nova lei reduz a capacidade produtiva a produção de alimentos, a medida que compromete os recursos naturais, reduz a biodiversidade e a disponibilidade de água, contribuindo para o aumento dos efeitos das mudanças climáticas”, conforme alinha o documento.
As alterações feitas na Casa, que não seguiram o que já tinha sido votado no Senado Federal, não diferencia a agricultura familiar; concede anistia aos desmatadores; reduz Áreas de Preservação Permanente; fragiliza a gestão florestal e o controle de madeira e, favorece os latifundiários a manterem áreas improdutivas por tempo indeterminado.
As entidades reivindicam o veto da presidenta, em “Defesa da vida, das atuais e futuras gerações”.