No Paraná, cerca de 100 agricultores (as) familiares estão reunidos em plenária da Fetraf-PR para planejar as mobilizações de 2017, como também fazer os ajustes finais dos atos que começam amanhã, 8 de março, no Dia Internacional da Mulher. A principal bandeira das mulheres agricultoras familiares, em mais de 60 municípios do estado, neste ano, é contra a reforma da previdência social - PEC 287.
A medida retira direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em geral, porém as mais prejudicadas são as mulheres do campo. Com a PEC 287 a mulher terá um aumento de 10 anos na idade da aposentadoria, ou seja, de 55 anos passa para 65. Além disso a reforma, sem regras de transição, impede a (o) contribuinte de acessar os benefícios como auxílio maternidade; auxílio doença; auxílio reclusão e aposentadoria por invalidez por quase 1 ano.
“Estamos organizados para amanhã ocuparmos as ruas com as mulheres agricultoras familiares de forma massiva. Todo nosso estado do Paraná fará atos em protesto a reforma da previdência”, comenta Neveraldo Oliboni, coordenador estadual da FETRAF-PR.
Outra atividade paralela aos atos de dia 8 de março é o Mutirão da Agricultura Familiar, que leva o debate para as bases da categoria, em comunidades, envolvendo os agricultores (as) familiares no que diz respeito a previdência social com informes dos direitos em jogo com a PEC 287.
Além da temática da previdência, na plenária os agricultores familiares também traçam o planejamento de 2017 da federação, apresentaram a prestação de contas da entidade, e montaram o calendário de lutas.
A FETRAF-PR também participará das manifestações do dia 15 de março, junto aos professores e outros movimentos do campo unitário dando continuidade aos protestos que correm por todo o país.