FETRAF debate estratégias para a agricultura familiar com SAF/MDA

09/02/2012 - 00:00

E aponta três aspectos necessários para recomposição de políticas públicas. Dentre eles, a inclusão de famílias na política pública de crédito do PRONAF

Escrito por Fernanda Silva - IMPRENSA FETRAF-BRASIL

Às 17 horas da tarde de quarta-feira (8), membros da direção executiva da FETRAF-BRASIL participaram de reunião com Laudemir Mulller, da Secretaria da Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA). Na ocasião, o secretário apresentou as principais estratégias da pasta sobre as políticas públicas para a agricultura familiar para o próximo período.

Em avaliação, Elisângela Araújo, coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL, considerou o debate positivo. “Devemos mantê-lo e torná-lo ainda mais aberto e permanente para aprofundar as questões mais emblemáticas da agricultura familiar, e nos aproximar daquilo que ela precisa”, considerou.

Durante a reunião, a entidade apontou três aspectos que demonstram a necessidade de realizar uma recomposição de políticas públicas para enfrentar os atuais desafios. Que são: a premente inclusão de famílias na política pública de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF); privilegiar a organização econômica da categoria e; a questão ambiental inserida nas preocupações do MDA.

Para Marcos Rochinski, “em que pese a importância do PRONAF e a contribuição para o desenvolvimento da agricultura familiar, ele ainda é muito seletivo. Ele precisa ser adequado às necessidades da agricultura familiar, alinhado à uma política de assistência técnica e até mesmo estar inserido no programa Brasil Sem Miséria”, explicou.

“É importante também que as políticas públicas do MDA estejam votadas para a questão ambiental. O modelo de produção com agroquímicos é caro e o modelo alternativo dialoga com uma das principais questões colocadas atualmente, a preservação ambiental”, observou Rochinski.

Celso Ludwig, coordenador de Habitação da FETRAF-BRASIL, que também participou da discussão, pontuou que organização econômica da agricultura familiar é fundamental e nela consiste a estruturação das cooperativas.