As diversas organização e entidades da sociedade civil que integram a Cúpula dos Povos participaram, de 16 a 18 de março, no Rio de Janeiro, da discussão sobre metodologia e território para o evento que ocorrerá de 15 e 23 de junho.
Na reunião, onde foi deliberada a criação de Grupo de Trabalho Agricultura e Agroecologia, as entidades do campo deverão organizar eventos que demonstre as experiências bem sucedidas nessa temática.
Movimentos de outros setores também deverão realizar atividades autogestionadas e haverá plenárias. O objetivo é chegar ao final da Cúpula com uma convergência de propostas que tenham partido de discussões em quatro eixos principais: a discussão sobre as causas estruturais da crise atual; falsas soluções para a crise; novas soluções- propostas da sociedade civil organizada e; definição de lutas pós Cúpula dos Povos.
Embora ainda não tenha sido definido oficialmente o local da Cúpula, a reunião já destacou quadro temas que podem ser foco das convergências entre os movimentos, que são direitos humanos e direitos territoriais; bens comuns; soberania alimentar e agricultura e; soberania energética e indústria extrativista.
A Cúpula na Rio+20
Como a pauta da Rio+20 discute a chamada “economia verde” e a institucionalidade global e para a Cúpula dos Povos é insatisfatória para lidar com a crise do planeta, causada pelos modelos de produção e consumo capitalistas, ela é um evento paralelo e faz parte de um processo de acúmulos históricos e convergências das lutas locais, regionais e globais, que tem como marco político a luta anticapitalista, classista, antirracista, antipatriarcal e anti-homofóbica.