As mobilizações contra a reforma da previdência no Rio Grande do Sul ocorrem em várias cidades a partir da manhã de hoje, 25 de abril. Agricultores e agricultoras realizam acampamentos em defesa da previdência e trabalhista promovido pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (FETRAF-RS).
Os atos acontecem em sete regiões do estado, em Celeiro no município de Santo Augusto; Médio Alto Uruguai na cidade de Sarandi; região Altos da Serra em Lagoa Vermelha; região Butocarai no município de Fontoura Xavier; região Sul no município de São Lourenço do Sul e região Alto Uruguai no município de Erechim.
Entre os dias 25 e 28 as atividades ocorrem em Santo Augusto, Erechim, Sarandi e Lagoa Vermelha; em seguida nos dias 26 a 28 no município de São Lourenço do Sul e em Fontoura Xavier de 27 a 28 de abril.
O objetivo dos atos é chamar a atenção da população sobre as propostas de retrocesso que tramitam no Congresso Nacional como as reformas da previdência e do trabalho. As mobilizações da Fetraf RS se unem aos diversos movimentos sociais, organizações do campo e cidade e centrais sindicais, para sensibilizar e cobrar ações dos parlamentares da região gaúcha para que lutem a favor dos trabalhadores.
Nesta semana o projeto de Reforma da Previdência é discutido na comissão especial, com votação marcada para o dia 02 de maio. Se aprovado, o projeto segue para o plenário da Câmara de Deputados recebendo votação em dois turnos e passando ao Senado, também em dois turnos. Caso o projeto de Reforma da Previdência seja aprovado, ele deve ser regulamentado em 24 meses e os direitos dos trabalhadores descem pelo ralo.
Reforma da previdência
Ainda há muita desinformação com relação ao tema da reforma da previdência. É uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que traz diversas mudanças, principalmente no que diz respeito à idade para que a pessoa possa se aposentar.
No caso dos agricultores, ainda há a perda dos critérios de cálculo da aposentadoria. Para além disso, mulheres que possuem dupla jornada de trabalho e atualmente se aposentam com 30 anos de serviço, na mudança da legislação, caso aprovada, só terão direito a aposentadoria integral após 49 anos de serviço. São 19 anos a mais de serviço por conta das novas regras, que atinge toda a população.
Caso for aprovada, não somente os agricultores e agricultoras urbanos e rurais que sofrerão com a mudança das regras, mas todos os brasileiros e brasileiras. “A falta de dignidade anda a passos largos na Câmara dos Deputados e é preciso lutar contra isto, buscando garantir o que ainda é de direito das pessoas”, avalia Cleonice Back, coordenadora da Fetraf RS.