Centenas de agricultores familiares desembarcaram nesta sexta-feira (25) na Vigília Lula Livre. Coordenados pela Fetraf, os agricultores encheram a praça Olga Benário e deram um sonoro “Bom dia, presidente Lula” ainda no início da manhã. Logo depois, foi realizada uma oficina sobre alimentação saudável e distribuíram alimentos orgânicos para as pessoas que estavam na Vigília.
Os agricultores desembarcaram em Curitiba onde encerram a IV Caravana da Agricultura Familiar, coordenada pelo presidente da Fetraf-PR, Neveraldo Oliboni. O coordenador nacional da Contraf, Marcos Rochinski, explica que a caravana promoveu debates sobre a agricultura familiar no interior do estado e encerrou sua última viagem em Curitiba, como forma de protestar contra a prisão política do ex-presidente Lula e denunciar os desmontes promovidos pelo governo golpista das políticas de agricultura.
Durante encontro com agricultores, realizado na Tenda da Comunicação da Vigília Lula Livre, Neveraldo e Marcos apontaram os investimentos dos governos de Lula e Dilma na agricultura familiar e denunciaram os cortes orçamentários de Temer e seus efeitos para o povo.
“Para você ter uma noção, não éramos sequer reconhecidos como categoria profissional e econômica. Foi Lula que instituiu a Lei 11326 que nos deu esse reconhecimento e possibilitou um conjunto de programas. Lula foi o Presidente que teve a sensibilidade de valorizar o conjunto dos agricultores. Agora, estamos vivendo um desmonte total de tudo. Temer já começou extinguindo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, por exemplo”, disse Marcos.
Para quem não sabe, a agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro, além de corresponder a 9% do Produto Interno Bruto. Apesar de fundamental importância para o povo brasileiro, o atual governo prioriza a pauta do agronegócio.
“Os investimentos em assistência técnica eram da ordem de R$ 350 e R$ 400 milhões com Lula, agora o orçamento para 2018 é de R$ 100 milhões. O Programa de Aquisição de Alimentos, tão importante para gente, tinha repasse de R$ 800 milhões e Temer derrubou isso para R$ 750 mil”, explicou Marcos.
Após a mesa de debates, os agricultores se reuniram para discutir outra pauta relevante que impacta diretamente entre eles: a reforma da Previdência.