Na audiência, o coordenador geral da FETRAF-PE entregou ao ministro Dulce, documento cobrando solução para as 230 famílias acampadas na usina Nossa Senhora do Carmo.
No último dia 21, em audiência com os ministros Guilherme Cassel (MDA) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral da República), e com o presidente do INCRA, Rolf Hackbart , FETRAF voltou a exigir soluções para os conflitos de terra que têm vitimado agricultores familiares impunemente. Um dos casos expostos foi o da usina Nossa Senhora do Carmo, em Pombos, onde o medo, a insegurança e angústia preenchem o cotidiano de 230 famílias, acampadas há 7 anos no local. ?Não é possível que as autoridades não consigam ver o tamanho do problema que acontece em Pombos e em dezenas de outros assentamentos espalhados pelo país?, desabafa João Santos, coordenador da FETRAF-PE , ?não conseguimos entender a morosidade do processo de desapropriação das terras da usina?, completa ele.
Os conflitos da usina de Nossa Senhora do Carmo estão presentes na pauta de reivindicação da FETRAF dos últimos 5 anos , e os agricultores ainda esperam providências. Segundo João Santos, as ameças são constantes: ?Nós alertamos as autoridades, pois o companheiro Zito, assassinado no dia 19 de maio, vinha sofrendo ameaças e outra companheira, Maria Barros, coordenadora geral do SINTRAF de Pombos, também foi ameaçada recentemente?.
Na audiência, o coordenador geral da FETRAF-PE entregou ao ministro Dulce, documento cobrando do INCRA, do governo federal e do ministério da Justiça, solução para as 230 famílias de trabalhadores familiares ali acampadas.
RESULTADO
Ao final da audiência, ficou agendada para a quarta-feira, 26 de maio, a viagem do presidente do INCRA a Recife, para acompanhar de perto o processo das terras da usina de Pombos.