Sem apoio Estadual e Federal, Agricultores Familiares do Piauí decidem unificar lutas por projetos de desenvolvimento

No primeiro dia de Congresso, a FAF Piauí reuniu agricultores e agricultoras dos municípios de Teresina, Altos, José de Freitas, Coivaras, Beneditinos, Alto Longá, Campo Maior e Pau-d'Arco do Piauí.

Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL - Patrícia Costa • Publicado em: 20/06/2017 - 19:23 Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL - Patrícia Costa Publicado em: 20/06/2017 - 19:23
 
Começou nesta terça-feira 20.06 o II Congresso da Agricultura Familiar do Estado do Piauí, evento que acontece a cada quatro anos, com o objetivo de definir novas diretrizes nas políticas públicas para o desenvolvimento do campo. A atividade segue até o dia 22 no Centro de Treinamento da EMATER, em Teresina. 
 
Agricultores e agricultoras de vários municípios vão construir a pauta de reivindicações da Agricultura Familiar do Estado, como também organizar o sistema sindical, eleger os novos membros da federação para os anos de 2017/2020 e debater estratégias para unificar a luta em âmbito nacional. 
 
Na abertura do evento, o coordenador da FAF Piauí, Washington Leite, falou das dificuldades da Agricultura Familiar em avançar nas questões agrárias diante do atual sucateamento dos órgãos e descompromisso político com a Agricultura Familiar. “Não temos tido nenhum incentivo aqui no Estado no sentido alavancar a agricultura familiar da região. Então, nosso desafio começa aqui, em nos organizarmos e fazer com que nossas reivindicações saiam do papel e sejam efetivadas”.  
 
Na mesa estava o coordenador geral da CONTRAF BRASIL, Marcos Rochinski; o coordenador de reforma agrária da CONTRAF BRASIL, Antônio Chaves; o vice-presidente da Fetraf Maranhão, Antônio José de Souza (Bil); a representante do INCRA Estadual, Cláudia César; o diretor geral de Crédito Fundiário do Piauí, Adalberto Pereira; o diretor de Educação e extensão da EMATER, Kalil Luz; e o coordenador do MST no Piauí, Claudiomir Vieira (Neguinho). 
 
"É difícil manter  e dirigir uma secretaria sem recursos. Tudo está paralisado, os programas de aquisição alimentar, garantia safra, entre outros que são importantes para a agricultura familiar, estão nesta situação", diz Adalberto Pereira, diretor geral de Crédito Fundiário do Piauí.
 
Para a CONTRAF BRASIL, entidade que representa a agricultura familiar do Brasil, o momento político ensina que somente por meio da organização é que os direitos são conquistados e garantidos. "Precisamos despertar o vigor da nossa luta e resistência, como também ter a consciência de que independente de quem esteja no Governo, o processo de luta e disputa política de classe é permanente. Os fatos mostram que, ou nos organizamos para disputar nosso projeto de desenvolvimento ou ficaremos sempre a margem do ideal da Agricultura Familiar", pontua Marcos Rochinski referindo-se aos recursos do plano safra da agricultura familiar que foi de 30 bilhões, enquanto o agronegócio ficou com 190 bilhões.
 
A representante do INCRA Estadual, Cláudia César, falou do sucateamento do órgão, situação que piora as condições para execusão de políticas públicas. "Não temos meta nem orçamento para novos assentamentos, nem vistorias. A única pauta é de titularização e da forma que o Governo propõe, com uma normativa que pode nos trazer de volta em pouco tempo a concentração de terras", avisou.
 
Os projetos de reforma, trabalhista e previdenciária, também foram lembrados durante os discursos. "Corremos o risco de sermos escravisados com as reformas que estão sendo aprovadas no Congresso. Então, a via para mudarmos isso é através do nosso fortalecimento das bases", diz Antônio José (Bil), vice-presidente da Fetraf Maranhão.
 
No primeiro dia de Congresso, a FAF Piauí reuniu agricultores e agricultoras dos municípios de Teresina, Altos, José de Freitas, Coivaras, Beneditinos, Alto Longá, Campo Maior e Pau-d'Arco do Piauí.
 
Título: Sem apoio Estadual e Federal, Agricultores Familiares do Piauí decidem unificar lutas por projetos de desenvolvimento, Conteúdo:   Começou nesta terça-feira 20.06 o II Congresso da Agricultura Familiar do Estado do Piauí, evento que acontece a cada quatro anos, com o objetivo de definir novas diretrizes nas políticas públicas para o desenvolvimento do campo. A atividade segue até o dia 22 no Centro de Treinamento da EMATER, em Teresina.    Agricultores e agricultoras de vários municípios vão construir a pauta de reivindicações da Agricultura Familiar do Estado, como também organizar o sistema sindical, eleger os novos membros da federação para os anos de 2017/2020 e debater estratégias para unificar a luta em âmbito nacional.    Na abertura do evento, o coordenador da FAF Piauí, Washington Leite, falou das dificuldades da Agricultura Familiar em avançar nas questões agrárias diante do atual sucateamento dos órgãos e descompromisso político com a Agricultura Familiar. “Não temos tido nenhum incentivo aqui no Estado no sentido alavancar a agricultura familiar da região. Então, nosso desafio começa aqui, em nos organizarmos e fazer com que nossas reivindicações saiam do papel e sejam efetivadas”.     Na mesa estava o coordenador geral da CONTRAF BRASIL, Marcos Rochinski; o coordenador de reforma agrária da CONTRAF BRASIL, Antônio Chaves; o vice-presidente da Fetraf Maranhão, Antônio José de Souza (Bil); a representante do INCRA Estadual, Cláudia César; o diretor geral de Crédito Fundiário do Piauí, Adalberto Pereira; o diretor de Educação e extensão da EMATER, Kalil Luz; e o coordenador do MST no Piauí, Claudiomir Vieira (Neguinho).    "É difícil manter  e dirigir uma secretaria sem recursos. Tudo está paralisado, os programas de aquisição alimentar, garantia safra, entre outros que são importantes para a agricultura familiar, estão nesta situação", diz Adalberto Pereira, diretor geral de Crédito Fundiário do Piauí.   Para a CONTRAF BRASIL, entidade que representa a agricultura familiar do Brasil, o momento político ensina que somente por meio da organização é que os direitos são conquistados e garantidos. "Precisamos despertar o vigor da nossa luta e resistência, como também ter a consciência de que independente de quem esteja no Governo, o processo de luta e disputa política de classe é permanente. Os fatos mostram que, ou nos organizamos para disputar nosso projeto de desenvolvimento ou ficaremos sempre a margem do ideal da Agricultura Familiar", pontua Marcos Rochinski referindo-se aos recursos do plano safra da agricultura familiar que foi de 30 bilhões, enquanto o agronegócio ficou com 190 bilhões.   A representante do INCRA Estadual, Cláudia César, falou do sucateamento do órgão, situação que piora as condições para execusão de políticas públicas. "Não temos meta nem orçamento para novos assentamentos, nem vistorias. A única pauta é de titularização e da forma que o Governo propõe, com uma normativa que pode nos trazer de volta em pouco tempo a concentração de terras", avisou.   Os projetos de reforma, trabalhista e previdenciária, também foram lembrados durante os discursos. "Corremos o risco de sermos escravisados com as reformas que estão sendo aprovadas no Congresso. Então, a via para mudarmos isso é através do nosso fortalecimento das bases", diz Antônio José (Bil), vice-presidente da Fetraf Maranhão.   No primeiro dia de Congresso, a FAF Piauí reuniu agricultores e agricultoras dos municípios de Teresina, Altos, José de Freitas, Coivaras, Beneditinos, Alto Longá, Campo Maior e Pau-d'Arco do Piauí.  



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