Política de austeridade leva trabalhadores para era da escravidão

Em apenas um dia Governo aprova reforma trabalhista e sanciona lei que autoriza grilagem de terras, sem considerar opinião pública

Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL - Patrícia Costa • Publicado em: 12/07/2017 - 11:36 Escrito por: Assessoria de Comunicação da CONTRAF BRASIL - Patrícia Costa Publicado em: 12/07/2017 - 11:36

Os trabalhadores brasileiros foram marcados com ferro em brasa nesta terça-feira 11.07 pela bancada governista. Foram dois golpes em apenas um dia, o Senado aprovou a reforma trabalhista e Michel Temer sancionou a MP 759 que, em miúdos, autoriza a grilagem de terras públicas no Brasil.

A proposta, da reforma trabalhista, foi aprovada mesmo recebendo, em sua maioria, a reprovação da população. De acordo com o site de consulta pública do senado, foram 172.163 votos pela não aprovação, contra 16.789 sim.

A reforma trabalhista retoma a política de escravidão, altera a lei a favor do empresariado e subtrai direitos dos trabalhadores. É a verdadeira desconstrução da lei, principalmente no que tange a proteção do trabalhador.

O cenário, já tenebroso, de agora em diante será ainda pior quando o país segue com um índice de desemprego a 13,3%. Segundo a Pnad, a população desocupada chegou a 13,8 milhões de pessoas. Ou seja, com tantas pessoas precisando de trabalho o empresariado usará deste panorama a seu favor, contratando mão de obra barata sem precisar garantir direitos ao trabalhador, como a carteira assinada.

A situação do trabalhador rural volta ao regime de escravidão, pois a reforma diz que ele poderá receber "remuneração de qualquer espécie", ou seja que o empregador poderá pagar seus trabalhadores rurais com comida ou habitação e não com o salário.

A política de austeridade corre desenfreada no Congresso Nacional e acaba com todos os avanços sociais dos últimos anos. Tanto, que no mesmo dia o presidente Michel Temer sancionou a Medida Provisória 759, que em seus dispositivos autoriza a grilagem de terras públicas no país. Com a medida em vigor o Governo poderá vender terras públicas, inclusive de áreas de assentamento e de unidades conservadoras à estrangeiros; enfraquece o licenciamento ambiental e acaba com a política da reforma agrária, por meio da titulação de terras.

Para a CONTRAF BRASIL, a aprovação da reforma trabalhista é a demonstração, clara, de que o país sofreu um golpe na democracia e acima de tudo promovido para atender interesses de uma classe da elite que comandam setores empresariais, da indústria, agronegócio, bancos entre outros.

Diante de todas as propostas que já foram aprovadas, entende-se que os parlamentares que deveriam representar a vontade do povo perderam o respeito à democracia e aos seus eleitores, pois mesmo ciente dos fatos de que hoje o Brasil possui um presidente envolvido em escândalos de corrupção, ilegítimo e que não é aprovado por 99% da população, ainda sim o parlamento continua a aprovar as reformas propostas por Michel Temer.

A CONTRAF BRASIL declara que continuará resistente às reformas e continuará lutando pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar, somado aos outros movimentos sociais e organizações que representam a classe trabalhadora do país, acreditando que por meio da resistência e mobilizações nas ruas e o clamor da população, o país retome sua democracia e política social rumo ao desenvolvimento do Brasil.

Título: Política de austeridade leva trabalhadores para era da escravidão, Conteúdo: Os trabalhadores brasileiros foram marcados com ferro em brasa nesta terça-feira 11.07 pela bancada governista. Foram dois golpes em apenas um dia, o Senado aprovou a reforma trabalhista e Michel Temer sancionou a MP 759 que, em miúdos, autoriza a grilagem de terras públicas no Brasil. A proposta, da reforma trabalhista, foi aprovada mesmo recebendo, em sua maioria, a reprovação da população. De acordo com o site de consulta pública do senado, foram 172.163 votos pela não aprovação, contra 16.789 sim. A reforma trabalhista retoma a política de escravidão, altera a lei a favor do empresariado e subtrai direitos dos trabalhadores. É a verdadeira desconstrução da lei, principalmente no que tange a proteção do trabalhador. O cenário, já tenebroso, de agora em diante será ainda pior quando o país segue com um índice de desemprego a 13,3%. Segundo a Pnad, a população desocupada chegou a 13,8 milhões de pessoas. Ou seja, com tantas pessoas precisando de trabalho o empresariado usará deste panorama a seu favor, contratando mão de obra barata sem precisar garantir direitos ao trabalhador, como a carteira assinada. A situação do trabalhador rural volta ao regime de escravidão, pois a reforma diz que ele poderá receber "remuneração de qualquer espécie", ou seja que o empregador poderá pagar seus trabalhadores rurais com comida ou habitação e não com o salário. A política de austeridade corre desenfreada no Congresso Nacional e acaba com todos os avanços sociais dos últimos anos. Tanto, que no mesmo dia o presidente Michel Temer sancionou a Medida Provisória 759, que em seus dispositivos autoriza a grilagem de terras públicas no país. Com a medida em vigor o Governo poderá vender terras públicas, inclusive de áreas de assentamento e de unidades conservadoras à estrangeiros; enfraquece o licenciamento ambiental e acaba com a política da reforma agrária, por meio da titulação de terras. Para a CONTRAF BRASIL, a aprovação da reforma trabalhista é a demonstração, clara, de que o país sofreu um golpe na democracia e acima de tudo promovido para atender interesses de uma classe da elite que comandam setores empresariais, da indústria, agronegócio, bancos entre outros. Diante de todas as propostas que já foram aprovadas, entende-se que os parlamentares que deveriam representar a vontade do povo perderam o respeito à democracia e aos seus eleitores, pois mesmo ciente dos fatos de que hoje o Brasil possui um presidente envolvido em escândalos de corrupção, ilegítimo e que não é aprovado por 99% da população, ainda sim o parlamento continua a aprovar as reformas propostas por Michel Temer. A CONTRAF BRASIL declara que continuará resistente às reformas e continuará lutando pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar, somado aos outros movimentos sociais e organizações que representam a classe trabalhadora do país, acreditando que por meio da resistência e mobilizações nas ruas e o clamor da população, o país retome sua democracia e política social rumo ao desenvolvimento do Brasil.



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