NOTA DE REP

A FEDERA

Escrito por: FETRAF PAR • Publicado em: 20/02/2015 - 18:00 Escrito por: FETRAF PAR Publicado em: 20/02/2015 - 18:00

FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS NA AGRICULTURA FAMILIAR DO ESTADO DO PARÁ – FETRAF/PA 

NOTA DE REPÚDIO

A FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA FAMILIAR NO ESTADO DO PARÁ – FETRAF/PA vem a público repudiar o assassinato do casal Leidiane Souza Soares e Washington Silva, seus filhos, Júlio César Soares de 15 anos, Weslei Souza Soares de 9 anos, Samyla Soares de 13 anos e o sobrinho Mateus Soares Barros de 15 anos. O fato aconteceu nesta última terça feira (17) em Conceição do Araguaia/PA, cerca de 30 km de Redenção/PA.

Foi com tristeza e indignação que recebemos a notícia da morte desta família que fazia parte do pré-assentamento da fazenda Estiva. Eles foram degolados e executados a golpes de foice durante a madrugada e encontrados amarrados no rio Estiva.

A família não foi apenas alvo de uma morte cruel, mas como dezenas de agricultores brasileiros, foi também vítima da falta de uma política séria do governo que não faz uma verdadeira reforma agrária em nosso país.

A violência no Pará está cada vez mais alarmante e próxima de nós. Não é por acaso que este estado está entre os primeiros no ranking da violência no Brasil.A população paraense está à mercê da violência, onde a falta de segurança tem atingido a todos, sendo eles agricultores ou não.

De um lado temos o INCRA, que não atende os interesses dos trabalhadores e se omite diante das necessidades dos agricultores. Raras foram às criações de novos assentamentos e de forma explícita é utilizado à substituição de assentados em lotes vagos de terras reformadas para alavancar as estatísticas. Os números da reforma agrária, só não é pior que o da Era Collor e sua redemocratização.

Os trabalhadores que ocupam a Fazenda Estiva sofrem a mais de 10 anos com essa espera. Há 5 anos foi decretada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário a regularização deste assentamento que nunca saiu do papel.

Existem várias fazendas na mesma situação; Jaú em Santa Maria das Barreiras- Pará, São José da Água Boa, Campina Verde e a fazenda Sereno, todas em Conceição do Araguaia/PA, Escalada do Norte em Xinguara/PA entre outras.

Ainda tem o caso da Fazenda Cristalino, onde pistoleiros queimaram as casas dos agricultores e até mataram um pastor evangélico. E o INCRA não avança no âmbito de resolver os problemas existentes entre os agricultores.

De outro lado temos o JUDICIÁRIOque tem travado os processos de aquisição de terras para fins de Reforma Agrária em nosso Estado, em especial das áreas citadas acima. Assim dificulta ainda mais o processo de regularização das áreas, principalmente no Sul do Pará. Com isso, esses órgãos têm sido indiretamente corresponsáveis pelos conflitos existentes na região.

A FETRAF-PA e FETRAF-BRASIL espera que com este trágico acontecimento o governo tome as providências cabíveis para punir os mandantes e executores, assim como a imediata regularização do assentamento Estiva dentre outros que estamos pautando há muitos tempo e que não precisemos presenciar mais assassinatos pela omissão dos órgãos públicos.

A FETRAF/PA repudia a chacina, a barbárie e a falta de compromisso dos órgãos públicos com os agricultores. Nós esperamos que o caso seja esclarecido com maior rapidez e nos unimos aos familiares e amigos das vítimas neste momento de dor, rogando que Deus conforte a família pela irreparável e trágica perda.

 

Marabá/PA, 18 de fevereiro de 2015.

Título: NOTA DE REP, Conteúdo: FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS NA AGRICULTURA FAMILIAR DO ESTADO DO PARÁ – FETRAF/PA  NOTA DE REPÚDIO A FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA FAMILIAR NO ESTADO DO PARÁ – FETRAF/PA vem a público repudiar o assassinato do casal Leidiane Souza Soares e Washington Silva, seus filhos, Júlio César Soares de 15 anos, Weslei Souza Soares de 9 anos, Samyla Soares de 13 anos e o sobrinho Mateus Soares Barros de 15 anos. O fato aconteceu nesta última terça feira (17) em Conceição do Araguaia/PA, cerca de 30 km de Redenção/PA. Foi com tristeza e indignação que recebemos a notícia da morte desta família que fazia parte do pré-assentamento da fazenda Estiva. Eles foram degolados e executados a golpes de foice durante a madrugada e encontrados amarrados no rio Estiva. A família não foi apenas alvo de uma morte cruel, mas como dezenas de agricultores brasileiros, foi também vítima da falta de uma política séria do governo que não faz uma verdadeira reforma agrária em nosso país. A violência no Pará está cada vez mais alarmante e próxima de nós. Não é por acaso que este estado está entre os primeiros no ranking da violência no Brasil.A população paraense está à mercê da violência, onde a falta de segurança tem atingido a todos, sendo eles agricultores ou não. De um lado temos o INCRA, que não atende os interesses dos trabalhadores e se omite diante das necessidades dos agricultores. Raras foram às criações de novos assentamentos e de forma explícita é utilizado à substituição de assentados em lotes vagos de terras reformadas para alavancar as estatísticas. Os números da reforma agrária, só não é pior que o da Era Collor e sua redemocratização. Os trabalhadores que ocupam a Fazenda Estiva sofrem a mais de 10 anos com essa espera. Há 5 anos foi decretada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário a regularização deste assentamento que nunca saiu do papel. Existem várias fazendas na mesma situação; Jaú em Santa Maria das Barreiras- Pará, São José da Água Boa, Campina Verde e a fazenda Sereno, todas em Conceição do Araguaia/PA, Escalada do Norte em Xinguara/PA entre outras. Ainda tem o caso da Fazenda Cristalino, onde pistoleiros queimaram as casas dos agricultores e até mataram um pastor evangélico. E o INCRA não avança no âmbito de resolver os problemas existentes entre os agricultores. De outro lado temos o JUDICIÁRIOque tem travado os processos de aquisição de terras para fins de Reforma Agrária em nosso Estado, em especial das áreas citadas acima. Assim dificulta ainda mais o processo de regularização das áreas, principalmente no Sul do Pará. Com isso, esses órgãos têm sido indiretamente corresponsáveis pelos conflitos existentes na região. A FETRAF-PA e FETRAF-BRASIL espera que com este trágico acontecimento o governo tome as providências cabíveis para punir os mandantes e executores, assim como a imediata regularização do assentamento Estiva dentre outros que estamos pautando há muitos tempo e que não precisemos presenciar mais assassinatos pela omissão dos órgãos públicos. A FETRAF/PA repudia a chacina, a barbárie e a falta de compromisso dos órgãos públicos com os agricultores. Nós esperamos que o caso seja esclarecido com maior rapidez e nos unimos aos familiares e amigos das vítimas neste momento de dor, rogando que Deus conforte a família pela irreparável e trágica perda.   Marabá/PA, 18 de fevereiro de 2015.



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