Mulheres Agricultoras Familiares debatem seu papel na sociedade em Minas Gerais.

Aconteceu em Divino-MG, o 1º Seminário de Mulheres da região, que trouxe o lema Mulheres Agricultoras Familiares semeando a agroecologia e construindo as políticas públicas.

Escrito por: FETRAF/BRASIL • Publicado em: 20/11/2015 - 14:32 Escrito por: FETRAF/BRASIL Publicado em: 20/11/2015 - 14:32

Durante todo o encontro foi enfatizada à importância desse seminário para fortalecer as organizações de mulheres “Apesar das conquistas adquiridas nos últimos anos, ainda existe muito a ser feito no que diz respeito à igualdade de gênero, e para isso é necessário estabelecer parcerias com as organizações sociais, igreja e comunidades para os diversos tipos de enfrentamentos. Por muito tempo as mulheres foram impedidas de participar dos espaços de decisão, e hoje o movimento vem para apoderá-las do seu papel. Sem luta não há revolução”. Destacou Priscila Chagas, a primeira palestrante da atividade.

"Por muito tempo foi negado o direito de participação da mulher na sociedade, sendo que não tinha direito a voto, não tinha direitos trabalhistas e consecutivamente,  não tinha direito de fazer suas próprias decisões.Olhando para 30 anos atrás, consideravam a mulher uma ajudante do homem, e dessa forma não as reconheciam como trabalhadoras rurais. As documentações inclusive vinham sempre em nome do homem, sujeitando-as a dependência dos pais e do marido.E a violência? A violência (física e mental) para muitas mulheres eram frequentes e praticadas pelas próprios companheiros". Continua a palestrante.

"Existem muitas mulheres guerreiras espalhadas pelos sindicatos da FETRAFA/BRASIL, que vão a luta, em busca de igualdade e reconhecimento. Porém a sociedade ainda busca desmoralizá-las, com atitudes machistas. As mulheres tem destaque no cultivo e na diversidade que compõe boa parte da alimentação da família. Mas apesar da contribuição significante na geração de renda, na maioria das vezes não possuem autonomia e são excluídas da gestão do dinheiro". Essa foi a explicação de outra palestrante, que devido a alguns abusos sofridos no casamento, prefereiu não se identificar.

"A formação para relações  de  igualdade de gênero deve ser construída dentro da  família, as vezes as próprias mães educam suas filhar para continuarem o papel de submissão. A luta não é por superioridade e sim pela igualdade. A mulher tem que assumir a postura de “eu quero entrar, quero participar, para dar outros passos maiores.” Concluiu ela.

PNCF/ Mulheres com direito a Terra.

Giscarla Domiciano de Amorim, técnica do PNCF no estado de Minas Gerais, aproveitou a oportunidade para falar sobre o Programa Nacional de Crédito Fundiário para as agricultoras familiares presentes na atividade. Ela explicou o que é o Programa, seus objetivos, público alvo, metodologias e procedimentos.

"Muitas mulheres rurais são rotuladas como domésticas ou donas de casa, com isso perdem o reconhecimento e o direito da categoria como trabalhadora rural ou agricultora familiar. A mulher também pode ter acesso a terra, e é por isso que precisam  aprender como isso pode acontecer".  Explicou Irene Santos, participante do Seminário.

O seminário teve dois dias de programação e recebeu aproximadamente 50 mulheres.

Título: Mulheres Agricultoras Familiares debatem seu papel na sociedade em Minas Gerais., Conteúdo: Durante todo o encontro foi enfatizada à importância desse seminário para fortalecer as organizações de mulheres “Apesar das conquistas adquiridas nos últimos anos, ainda existe muito a ser feito no que diz respeito à igualdade de gênero, e para isso é necessário estabelecer parcerias com as organizações sociais, igreja e comunidades para os diversos tipos de enfrentamentos. Por muito tempo as mulheres foram impedidas de participar dos espaços de decisão, e hoje o movimento vem para apoderá-las do seu papel. Sem luta não há revolução”. Destacou Priscila Chagas, a primeira palestrante da atividade. "Por muito tempo foi negado o direito de participação da mulher na sociedade, sendo que não tinha direito a voto, não tinha direitos trabalhistas e consecutivamente,  não tinha direito de fazer suas próprias decisões.Olhando para 30 anos atrás, consideravam a mulher uma ajudante do homem, e dessa forma não as reconheciam como trabalhadoras rurais. As documentações inclusive vinham sempre em nome do homem, sujeitando-as a dependência dos pais e do marido.E a violência? A violência (física e mental) para muitas mulheres eram frequentes e praticadas pelas próprios companheiros". Continua a palestrante. "Existem muitas mulheres guerreiras espalhadas pelos sindicatos da FETRAFA/BRASIL, que vão a luta, em busca de igualdade e reconhecimento. Porém a sociedade ainda busca desmoralizá-las, com atitudes machistas. As mulheres tem destaque no cultivo e na diversidade que compõe boa parte da alimentação da família. Mas apesar da contribuição significante na geração de renda, na maioria das vezes não possuem autonomia e são excluídas da gestão do dinheiro". Essa foi a explicação de outra palestrante, que devido a alguns abusos sofridos no casamento, prefereiu não se identificar. "A formação para relações  de  igualdade de gênero deve ser construída dentro da  família, as vezes as próprias mães educam suas filhar para continuarem o papel de submissão. A luta não é por superioridade e sim pela igualdade. A mulher tem que assumir a postura de “eu quero entrar, quero participar, para dar outros passos maiores.” Concluiu ela. PNCF/ Mulheres com direito a Terra. Giscarla Domiciano de Amorim, técnica do PNCF no estado de Minas Gerais, aproveitou a oportunidade para falar sobre o Programa Nacional de Crédito Fundiário para as agricultoras familiares presentes na atividade. Ela explicou o que é o Programa, seus objetivos, público alvo, metodologias e procedimentos. "Muitas mulheres rurais são rotuladas como domésticas ou donas de casa, com isso perdem o reconhecimento e o direito da categoria como trabalhadora rural ou agricultora familiar. A mulher também pode ter acesso a terra, e é por isso que precisam  aprender como isso pode acontecer".  Explicou Irene Santos, participante do Seminário. O seminário teve dois dias de programação e recebeu aproximadamente 50 mulheres.



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